Exames e fatores de risco – A recomendação é que homens com histórico familiar de câncer de próstata — especialmente pai ou irmãos diagnosticados antes dos 60 anos — iniciem os exames preventivos aos 45 anos. Para os demais, a orientação é começar o acompanhamento a partir dos 50 anos, com consultas anuais ao urologista.
O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, com maior incidência após os 65 anos. Mesmo assim, o médico destaca que os homens devem procurar o urologista desde o início da vida sexual, já que outras condições também podem afetar a saúde masculina.
Na maioria dos casos, o câncer de próstata é assintomático em suas fases iniciais. Por isso, o médico reforça a importância dos exames mesmo na ausência de sintomas.“Quando a doença apresenta sinais, geralmente já se encontra em estágio mais avançado”, explica.
Os sintomas mais comuns, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco e aumento da frequência urinária, muitas vezes se confundem com os de uma condição benigna conhecida como hiperplasia prostática. “Esses sintomas fazem parte do envelhecimento masculino, mas precisam ser investigados. A maioria dos casos não é câncer, mas é essencial confirmar o diagnóstico o quanto antes”, explica o oncologista.
Tabus e conscientização – Apesar dos avanços nas campanhas de conscientização, o médico reconhece que ainda há resistência por parte dos homens em buscar atendimento médico. Segundo ele, o preconceito e o medo são os principais obstáculos.
“Muitos ainda acreditam que procurar o médico ou fazer exames como o toque retal fere a masculinidade, o que é um mito”, afirma. “O toque é um exame simples, rápido e barato, que ajuda a detectar mais de 80% dos casos de câncer de próstata quando feito junto com o PSA.”
O especialista reforça a importância da Campanha Novembro Azul, que busca estimular a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, além de promover uma mudança cultural sobre o cuidado com a saúde masculina. “O homem precisa entender que cuidar da saúde não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade. O diagnóstico precoce salva vidas e preserva a qualidade de vida”, conclui.
Para José é preciso abandonar o preconceito, já que foi graças ao diagnóstico precoce que conseguiu a remissão. “A mensagem que eu deixo é de otimismo e de cuidar da própria saúde. Deixar o preconceito de lado porque um exame não vai nos deixar menos homem. Muito importante fazer esse acompanhamento porque o câncer não brinca em serviço”, afirma.
Sobre a Oncomed-MT – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br.