A técnica de enfermagem Alane Rodrigues Jardim, de 59 anos, trabalhava na Unidade Básica de Saúde de Amarelos, no interior de Guarapari, na região metropolitana de Vitória. Em meados de junho, foi infectada pelo novo coronavírus. Cerca de 20 dias depois, morreu em um hospital particular da Serra. “Senti vários sintomas da doença, mas não fiz o teste. Como convivia com a minha mãe, posso ter pegado a doença”, relatou a filha Aline Jardim, de 30 anos.
Alane faz parte dos 60.009 capixabas que foram contaminados pela covid-19 no estado e é um das 1.929 pessoas mortas por causa da doença. A cada dia que passa, o vírus avança pelo Espírito Santo. E os dados estaduais, no comparativo com os vizinhos do Sudeste, estão acima da média regional.
Segundo o Ministério da Saúde, a região tem 604.912 casos confirmados de covid-19, média de 685 a cada 100 mil habitantes. No Espírito Santo, entretanto, esse número mais que dobra: 1.493 infectados a cada 100 mil capixabas.
Em nota, a Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) explica que este número decorre da quantidade de testes rápidos e RT-PCR realizados no Estado: 129.306 (3.217 testes a cada 100 mil capixabas). “Também foi feita uma força-tarefa para notificar os casos testados em laboratórios particulares”, reforçou a infectologista Rúbia Miossi.
Analisando o número de vítimas, percebe-se que o Espírito Santo está acima da média regional. São 48 mortes a cada 100 mil habitantes, ante 36 em todo o Sudeste. A pandemia está em diferentes estágios dentro do território. A cada 100 mil habitantes, são 67 óbitos na Região Metropolitana e 29 no interior.
A rede de saúde tem conseguido absorver a demanda. Dos 702 leitos de UTI disponíveis para a covid-19 no Estado, 566 estão ocupados (80,63%).
R7