A abertura das atividades contou as presenças do prefeito ACM Neto, dos titulares das secretarias municipais de Ordem Pública (Semop), Marcus Passos, e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luciano Sandes; e da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, além da imprensa. O equipamento funciona inicialmente de segunda a sábado, das 10h às 16h.
Ainda de acordo com as regras de combate à pandemia, a entrada no local é controlada e limitada a 172 clientes ao mesmo tempo. Será aferida, ainda, a temperatura dos visitantes e disponibilizado álcool em gel. O uso da máscara é obrigatório.
Na terça-feira (3), todos os permissionários do mercado foram testados para detecção de Covid-19, seguindo determinação dos protocolos das autoridades sanitárias. A administração do espaço é realizada pela Semop.
Transformação – Com projeto desenvolvido pela FMLF e execução pela Seinfra, através da Superintendência de Obras Públicas (Sucop), o novo Mercado São Miguel tem uma área de 4.460 m², sendo 1.671 m² de espaço construído. O investimento total é de R$5,1 milhões e o projeto teve como objetivo conservear a tradição do centro de compras, levando em consideração as necessidades arquitetônicas atuais, como elementos de acessibilidade e paisagismo.
No total, são 40 boxes para comercialização de itens diversos, 28 bancadas de hortifruti e seis restaurantes. Além disso, a estrutura possui elementos de acessibilidade, ambiente para roda de capoeira, estacionamento com vagas para até 30 veículos e um santuário dedicado ao culto do santo, que recebeu a bênção do frei Edilson Santos, da Igreja do Convento de São Francisco.
O prefeito salientou que a reconstrução do mercado faz parte do foco da Prefeitura em investir na requalificação e preservação do Centro Histórico de Salvador. Dentre as ações mais recentes estão os recém-entregues arcos da Ladeira da Conceição, a requalificação em andamento do Terminal da Barroquinha e a muralha do Frontispício da Cidade, a ser entregue em breve.
“No início da gestão, conversamos com as pessoas que ainda resistiam no Mercado São Miguel. Foi tomada a decisão, dentro desse contexto de valorização do Centro Histórico, de recuperação de nosso patrimônio cultural, de colocar a antiga estrutura no chão e reconstruir um mercado novo, entregue hoje. Ele deverá se tornar um novo ponto de visitação turística e esse investimento, assim como os demais, é uma forma de projetar o futuro de nossa cidade preservando a própria história”, declarou ACM Neto.
Agradecimento – Um dos mais antigos permissionários do Mercado São Miguel, Derivaldo de Santana, mais conhecido como seu Deco, de 82 anos, era só felicidade com a nova estrutura. Ele contou que chegou ao mercado com a mãe e nove irmãos, trabalhando com venda de comidas, ainda na década de 1960, e acompanhou todo o processo de auge, degradação e luta pela preservação do espaço.
“Essa reforma é um presente de Deus. Para o que nós já vivemos aqui, no meio do lixo, das doenças, de muita coisa indesejável, hoje podemos dizer que estamos no céu. É um orgulho para toda a comunidade. Muita gente não acreditava, mas recebemos essa promessa que agora está sendo cumprida. É uma maravilha!”, exclamou emocionado.
Outro que também aprovou a intervenção foi o comerciante e capoeirista José Alves, o Zé do Lenço, figura presente no São Miguel desde a década de 1970. Ele lembrou que o local sempre foi um ponto significativo para a população, principalmente dos bairros Saúde, Nazaré e Pelourinho.
“No entanto, chegou a um ponto que ficou em ruínas. Havia uma grande feira livre que se acabou, mas eu sempre permaneci aqui. Pintava o chão sujo e era querido por muitos gringos, que se encantavam com uma capoeira no meio do mercado. Aí chegou essa nova gestão e fez esse mercado novo, o único com espaço próprio para a capoeira, o maculelê e demais manifestações. Só temos a agradecer e, claro, zelar pelo patrimônio para não voltar a ficar degradado”, destacou.
História – Inaugurado em 1965, o Mercado São Miguel é um símbolo do comércio da Baixa dos Sapateiros, tendo seu auge entre os anos de 1970 e 1980. A diversidade dos produtos vendidos no local chamava a atenção do público: carnes, peixe e frutos do mar, galinha caipira viva, ingredientes da culinária baiana e até ouro para fazer joias.
Por lá circulavam pessoas de diversas classes sociais e personalidades famosas, como os sambistas Batatinha, Riachão e Bezerra da Silva, e os escritores Jorge Amado e Jeová de Carvalho. A capoeira surgiu bem no meio da feira, o que garantia uma atração a mais para clientes e visitantes.
Em meados dos anos de 1990, teve início o processo de degradação do equipamento. Em 2017, um incêndio tornou o local sem condições de funcionamento. Com isso, em março de 2019, foi iniciada a reconstrução do Mercado São Miguel pela Prefeitura.
A abertura das atividades contou as presenças do prefeito ACM Neto, dos titulares das secretarias municipais de Ordem Pública (Semop), Marcus Passos, e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luciano Sandes; e da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, além da imprensa. O equipamento funciona inicialmente de segunda a sábado, das 10h às 16h.
Ainda de acordo com as regras de combate à pandemia, a entrada no local é controlada e limitada a 172 clientes ao mesmo tempo. Será aferida, ainda, a temperatura dos visitantes e disponibilizado álcool em gel. O uso da máscara é obrigatório.
Na terça-feira (3), todos os permissionários do mercado foram testados para detecção de Covid-19, seguindo determinação dos protocolos das autoridades sanitárias. A administração do espaço é realizada pela Semop.
Transformação – Com projeto desenvolvido pela FMLF e execução pela Seinfra, através da Superintendência de Obras Públicas (Sucop), o novo Mercado São Miguel tem uma área de 4.460 m², sendo 1.671 m² de espaço construído. O investimento total é de R$5,1 milhões e o projeto teve como objetivo conservear a tradição do centro de compras, levando em consideração as necessidades arquitetônicas atuais, como elementos de acessibilidade e paisagismo.
No total, são 40 boxes para comercialização de itens diversos, 28 bancadas de hortifruti e seis restaurantes. Além disso, a estrutura possui elementos de acessibilidade, ambiente para roda de capoeira, estacionamento com vagas para até 30 veículos e um santuário dedicado ao culto do santo, que recebeu a bênção do frei Edilson Santos, da Igreja do Convento de São Francisco.
O prefeito salientou que a reconstrução do mercado faz parte do foco da Prefeitura em investir na requalificação e preservação do Centro Histórico de Salvador. Dentre as ações mais recentes estão os recém-entregues arcos da Ladeira da Conceição, a requalificação em andamento do Terminal da Barroquinha e a muralha do Frontispício da Cidade, a ser entregue em breve.
“No início da gestão, conversamos com as pessoas que ainda resistiam no Mercado São Miguel. Foi tomada a decisão, dentro desse contexto de valorização do Centro Histórico, de recuperação de nosso patrimônio cultural, de colocar a antiga estrutura no chão e reconstruir um mercado novo, entregue hoje. Ele deverá se tornar um novo ponto de visitação turística e esse investimento, assim como os demais, é uma forma de projetar o futuro de nossa cidade preservando a própria história”, declarou ACM Neto.
Agradecimento – Um dos mais antigos permissionários do Mercado São Miguel, Derivaldo de Santana, mais conhecido como seu Deco, de 82 anos, era só felicidade com a nova estrutura. Ele contou que chegou ao mercado com a mãe e nove irmãos, trabalhando com venda de comidas, ainda na década de 1960, e acompanhou todo o processo de auge, degradação e luta pela preservação do espaço.
“Essa reforma é um presente de Deus. Para o que nós já vivemos aqui, no meio do lixo, das doenças, de muita coisa indesejável, hoje podemos dizer que estamos no céu. É um orgulho para toda a comunidade. Muita gente não acreditava, mas recebemos essa promessa que agora está sendo cumprida. É uma maravilha!”, exclamou emocionado.
Outro que também aprovou a intervenção foi o comerciante e capoeirista José Alves, o Zé do Lenço, figura presente no São Miguel desde a década de 1970. Ele lembrou que o local sempre foi um ponto significativo para a população, principalmente dos bairros Saúde, Nazaré e Pelourinho.
“No entanto, chegou a um ponto que ficou em ruínas. Havia uma grande feira livre que se acabou, mas eu sempre permaneci aqui. Pintava o chão sujo e era querido por muitos gringos, que se encantavam com uma capoeira no meio do mercado. Aí chegou essa nova gestão e fez esse mercado novo, o único com espaço próprio para a capoeira, o maculelê e demais manifestações. Só temos a agradecer e, claro, zelar pelo patrimônio para não voltar a ficar degradado”, destacou.
História – Inaugurado em 1965, o Mercado São Miguel é um símbolo do comércio da Baixa dos Sapateiros, tendo seu auge entre os anos de 1970 e 1980. A diversidade dos produtos vendidos no local chamava a atenção do público: carnes, peixe e frutos do mar, galinha caipira viva, ingredientes da culinária baiana e até ouro para fazer joias.
Por lá circulavam pessoas de diversas classes sociais e personalidades famosas, como os sambistas Batatinha, Riachão e Bezerra da Silva, e os escritores Jorge Amado e Jeová de Carvalho. A capoeira surgiu bem no meio da feira, o que garantia uma atração a mais para clientes e visitantes.
Em meados dos anos de 1990, teve início o processo de degradação do equipamento. Em 2017, um incêndio tornou o local sem condições de funcionamento. Com isso, em março de 2019, foi iniciada a reconstrução do Mercado São Miguel pela Prefeitura.