Considerado o maior levantamento sobre deslocamentos no mundo, o mais recente relatório do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), divulgado nesta segunda-feira (19), aponta que o número de refugiados no Brasil saltou de 8.863 em 2016 para 9.689 em 2017. O aumento é de 9,31%. Fora os refugiados reconhecidos, o País abriga hoje 35.464 solicitantes de asilo.
No mundo, 65,6 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar de suas nações de origem no último ano — o maior número de refugiados já registrado na história. Mais da metade deles saíram da Síria, do Afeganistão e do Sudão do Sul — sendo que 51% são crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade. Desses, cerca de 75 mil viajaram sozinhos ou separados de seus pais. Os países que mais concederam asilo foram Turquia, Paquistão, Líbano, Irã, Uganda e Etiópia.
A organização ainda registrou, ao fim do ano passado, que 40,3 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar dentro de seus próprios países. A Síria, o Iraque e “o ainda expressivo deslocamento dentro da Colômbia foram as situações de maior movimento interno. Esse tipo de deslocamento representa quase dois terços dos deslocamentos forçados em todo o mundo”, acrescenta a organização.
O relatório diz também que, em 2016, 2,8 milhões de pessoas pediram formalmente refúgio em outros países. Para o Acnur, os números indicam a necessidade de consolidar mecanismos de proteção para essas pessoas e de suporte para países e comunidades que apoiam refugiados e outras pessoas deslocadas.
“O retorno de refugiados e deslocados internos para as suas casas, em conjunto com outras soluções como reassentamento em outros países, significou melhores condições de vidas para muitas pessoas no ano passado. No total, cerca de 37 países aceitaram 189.300 refugiados para reassentamento. Cerca de meio milhão de refugiados tiveram a oportunidade de voltar para seus países, e aproximadamente 6,5 milhões de deslocados internos regressaram para suas regiões de origem – embora muitos deles em circunstâncias abaixo do ideal e com um futuro incerto”, afirma a organização.
R7