Segundo a especialista em alimentos, produtos como o milho, o amendoim e o aipim são ricos em vitaminas e contribuem para a saúde
Estrela das festas juninas, o milho é a base de diversos pratos típicos da época, como canjica, bolo, mingau, cuscuz, entre outros. Além de ser muito saboroso, este cereal é fonte de carboidratos, magnésio, betacaroteno e vitaminas A e B1, sendo também uma excelente opção para quem possui doença celíaca, por não possuir glúten.
De acordo com a nutricionista e professora do curso de Gastronomia da Estácio, Joseni França, o milho pode ser usado no desjejum como substituto do pão e com vantagens. “O milho também é rico em fibras que auxiliam na redução do nível de colesterol e de açúcar no sangue”, destaca.
Para conservar o cereal por mais tempo e desfrutar deste produto regional, comprado in natura, a professora sugere que ele seja cozido e congelado, pois assim as suas propriedades poderão ser preservadas por mais tempo.
O amendoim também é outro elemento bastante presente nos pratos típicos juninos. Além de ser consumido cozido, ele também é ingrediente principal da paçoca e do pé-de-moleque. A professora afirma que esta leguminosa é uma excelente fonte de gorduras boas que auxiliam na redução do colesterol.
Outro benefício do amendoim é que, apesar de terem valor calórico significativo, são uma boa fonte da vitamina E, importante pela sua atuação antioxidante”, ressalta Joseni.
Apesar de todas essas vantagens, a professora recomenda alguns cuidados durante o consumo. “O consumo do amendoim japonês, aquele que tem a casquinha, e de doces como pé-de-moleque e paçoca deve ser moderado por causa do excesso de sódio, corantes e açúcar”, alerta.
O aipim e os derivados da mandioca são bastante apreciados pelos nordestinos e consumidos em forma de bolo, mingau, biscoito de goma, beiju, entre outros. “Esses alimentos possuem uma grande quantidade de carboidratos, um bom valor energético, produzindo glicose de forma lenta e gradual. Também são ricos em fibras solúveis que ajudam na colonização de uma flora bacteriana de boa qualidade e ajudarem na modulação e controle do colesterol”, afirma a nutricionista.
A professora alerta para o preparo tradicional desses alimentos. “Atualmente muitas pessoas têm substituído o leite de coco da receita tradicional pelo leite condensado. Esse produto deve ser evitado, pois é muito calórico, rico em gordura e açúcares simples com alto teor glicêmico, além de descaracterizar o produto em sua receita tradicional. Muito importante que as crianças percebam o sabor do alimento sem produtos de gosto intenso que mascaram as características sensoriais do alimento”, adverte Joseni.