* John Liu
A rápida propagação mundial do Covid-19 provocou fortes movimentos de oscilações das Bolsas no mundo. No Brasil, a volatilidade da Bolsa nas últimas semanas chegou aos níveis da crise de 2008-2009. Naturalmente, os investidores reagiram com o desenrolar dos acontecimentos que se sucederam. O humor do mercado começou a mudar diante dos esforços de cooperações internacionais e com as medidas dos governos locais, sinalizando que há uma grande coordenação global para conter os impactos do Coronavírus.
Neste cenário, o olhar do investidor tem que estar num horizonte estratégico de médio e longo prazo, considerando as ações imediatas já anunciadas. Na última quinta-feira, (26/03), os líderes das maiores economias do mundo (G20) se reuniram em conferência virtual extraordinária para coordenar ações em resposta ao crescimento das incidências de Covid-19. A expectativa é de que haverá um aporte de US$ 5 trilhões (cerca de R$ 25 trilhões) na economia global.
Segundo as lideranças globais, “as medidas imediatas e vigorosas adotadas são para apoiar as economias, proteger trabalhadores e negócios – especialmente as micro, pequenas e médias empresas – e proteger os vulneráveis por meio de proteção social”. Os recursos financeiros “são parte de política fiscal direcionada, medidas econômicas e esquemas de garantia para combater impactos sociais, econômicos e financeiros da pandemia”. Tudo isso integrado a uma proposta de compartilhamento de dados epidemiológicos e de saúde, reforço dos sistemas públicos de saúde e aumento da capacidade de produção de materiais médicos. As lideranças do G20 também solicitaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) uma avaliação das lacunas na preparação para pandemias.
No dia anterior à reunião do G20 (25/03), o Senado dos EUA já havia aprovado o pacote de US$ 2,2 trilhões para auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. A medida aprovada na Câmara foi sancionada pelo presidente Donald Trump.
No Brasil, o governo federal também anunciou uma série de providências econômicas e regulatórias que inclui a prorrogação do pagamento de tributos e redução de contribuição; apoio financeiro a Estados; socorro ao setor aéreo; ampliação da liquidez nos mercados; ajuda do BNDES e bancos públicos; flexibilização das lei trabalhistas para manutenção de empregos; auxílio para trabalhadores informais e autônomos; apoio à população mais vulnerável, entre outras.
É neste cenário que os gestores de fundos de previdência operam e ajustam os riscos dos fundos levando em consideração as incertezas do cenário e as boas oportunidades que surgem em momentos como o atual. O investidor, por seu lado, deve dentro deste ambiente de alta volatilidade, dúvidas e oportunidades reavaliar sua disposição a correr riscos mirando sempre retornos em horizontes medianos e de longo prazo. A chave do sucesso é o conjunto entre perfil de risco individual, veículo de investimento com o risco adequado e prazo de necessidade de caixa.
Na teoria de mercado de capitais, fundos com maior risco deveriam gerar maiores retornos a longo prazo, a exemplo de diversos fundos de previdência, o que vai ao encontro do objetivo de longo prazo da aposentadoria. Por outro lado, se houver um descasamento entre perfil do cliente, risco do fundo e horizonte temporal, poderá gerar um descontentamento e resgates em períodos de crise. Já percebemos nos fundos de Previdência, por exemplo, um movimento de recursos que estavam alocados em multimercados se deslocando para renda fixa. Para a ocasião, é uma alternativa de equilíbrio que pode ser estratégica para os investidores, porém sem nunca perder de visto o horizonte de longo prazo.
O momento de crise abre também circunstâncias de oportunidades. E, aquele investidor melhor orientado hoje, terá mais chances de atravessar este período com segurança e estará em vantagem competitiva quando vier a estabilização da economia.
* John Liu, diretor executivo de Investimentos da Zurich no Brasil
Sobre a Zurich no Brasil
Zurich Insurance Group (Zurich) é uma seguradora líder multicanal que apresenta soluções para seus clientes e parceiros na esfera local e global. Com cerca de 55 mil colaboradores, fornece uma ampla gama de serviços e produtos em Seguros de Vida e de Ramos Elementares em mais de 215 países e territórios. Entre os clientes da Zurich encontram-se indivíduos, pequenas e médias empresas, assim como grandes empresas e multinacionais. O Grupo está sediado em Zurich, Suíça, onde foi fundado em 1872. O Zurich Insurance Group Ltd (ZURN) está listado no Six Swiss Exchange e tem o Nível I no programa American Depositary Receipt (ZURVY), que é transacionado fora da bolsa no OTCQX. Saiba mais em www.zurich.com.
Zurich Insurance Group (Zurich) é uma seguradora líder multicanal que apresenta soluções para seus clientes e parceiros na esfera local e global. Com cerca de 55 mil colaboradores, fornece uma ampla gama de serviços e produtos em Seguros de Vida e de Ramos Elementares em mais de 215 países e territórios. Entre os clientes da Zurich encontram-se indivíduos, pequenas e médias empresas, assim como grandes empresas e multinacionais. O Grupo está sediado em Zurich, Suíça, onde foi fundado em 1872. O Zurich Insurance Group Ltd (ZURN) está listado no Six Swiss Exchange e tem o Nível I no programa American Depositary Receipt (ZURVY), que é transacionado fora da bolsa no OTCQX. Saiba mais em www.zurich.com.