Mesmo carregando o dendê nas veias, fazer parte do Carnaval para a cantora Pitty era algo inimaginável. Em sua segunda participação na folia momesca, a primeira em 2010 com o grupo Carnivalha, a roqueira só tem motivos para celebrar a apresentação ao lado de Larissa Luz e Karina Buhr com o projeto ‘Respeita As Mina’ na CASA SKOL.
“É muito simbólico pra mim subir no trio, é caso de divã. Subir no trio na minha cidade depois de tantos anos de relação, relação esquisita, de tentar ocupar um espaço, de batalhar por isso e de repente ter a oportunidade de fazer parte dessa festa, dentro desse contexto, é muito especial”, revelou a cantora.
Combinando o rock com o axé e o pagode baiano, a cantora levou os foliões do primeiro camarote aberto público no Carnaval de Salvador a loucura. A união dos estilos, inclusive, é um dos tópicos elogiados pela roqueira, que elogia a ideia de abraçar novos ritmos, proposta pela cerveja SKOL neste verão.
“Eu não imaginava fazer parte do Carnaval porque a gente (o rock) nem tinha espaço. Tivemos que criar o nosso espaço. Não era nem uma coisa que eu almejava. Você fazer hardcore em uma cidade como Salvador, fazer rock, é difícil, então a gente criou, a exemplo do Palco do Rock. Mas ter essa oportunidade de juntar todo mundo é massa. Esse negócio de segregar é ruim, a ideia do Carnaval não é essa, a ideia é que cada um respeite o seu posto, o seu contexto e possa conviver”, desabafou.