O segmento de construção civil em Salvador tem se destacado por empregar um volume expressivo de trabalhadores, muito desses residentes de comunidades carentes. A capital baiana registrou a criação de 6.436 vagas com carteira assinada no acumulado dos últimos 12 meses terminados em agosto, sendo que 4.199 vagas foram geradas apenas por este setor. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados esta semana.
O dado é o reflexo de que Salvador se tornou um verdadeiro canteiro de obras, resultado de investimentos públicos e privados que proporcionam desenvolvimento social e econômico da cidade. Aliás, não só melhorias estruturais como também a ocupação de postos de trabalho com mão de obra local têm sido a tônica de diversos projetos geridos pela Prefeitura.
De um ano para cá, duas iniciativas municipais têm ajudado a alavancar a geração de emprego e renda no segmento da construção civil. Uma delas é a obra da primeira etapa do BRT, que está em andamento no trecho entre o Shopping da Bahia e Parque da Cidade. Atualmente, ela emprega 753 pessoas, dando prioridade a moradores dos bairros do entorno por onde o novo modal irá circular. Já o Centro de Convenções de Salvador, previsto para ser inaugurado em dezembro, na orla da Boca do Rio, conta com mais de 450 trabalhadores.
Outro bom exemplo é Morar Melhor, programa que já reformou cerca de 25 mil casas que estavam em situação precária, em mais de 100 localidades carentes da cidade. Em muitas ocasiões, os serviços de melhorias habitacionais que são feitos através da iniciativa (como reboco, pintura e troca de esquadrias) são executados pelos próprios pedreiros e ajudantes que residem nas localidades beneficiadas.
Situação semelhante aconteceu durante as obras do conjunto habitacional Guerreira Zeferina, a antiga Cidade de Plástico, em Periperi, quando alguns moradores foram contratados pela empresa vencedora da licitação para a construção de imóveis na área.
Capacitação – Recentemente, a Prefeitura também lançou o projeto-piloto Marias na Construção, uma política pública com intuito de desenvolver ações de aperfeiçoamento, qualificação e colocação profissional por meio de cursos livres e gratuitos voltados, exclusivamente, para o público feminino na área da construção civil. O principal objetivo é formar tecnicamente mulheres capazes de encarar o mercado de trabalho, além de dar autonomia financeira a elas.