“Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, não me meto mais na política brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança e agora vai se danar”, disse.
O escritor disse que sua participação política se tornou insustentável e que vai se ausentar temporariamente do debate nacional. “Tamparam minha boca. Não tem problema. Vocês se virem aí, fiquem com o Santos Cruz (general e ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência)”, afirmou.
Olavo também afirmou que um grupo olavista “jamais existiu” e que sua influência é dada apenas como escritor “sobre um público difuso que não tem nenhum contato entre si”.
Segundo o escritor, “não há organização, não há diálogo, não há membros. O Brasil está vivendo embaixo de uma alucinação, isso virou uma palhaçada”.
Conflito com militares
Um dos pontos mais importantes do embate entre Olavo de Carvalho e integrantes do governo aconteceu após duras críticas do escritor às Forças Armadas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, que exerce o cargo de assessor especial do ministro Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), disse que Olavo prestava enorme desserviço ao País.
“Ele está prestando um enorme desserviço ao País. Em um momento em que precisamos de convergências, ele está estimulando as desavenças”, disse um dos principais nomes das Forças Armadas. “É também muito grave a maneira como ele se refere com impropérios a oficiais da estatura dos generais Mourão (vice-presidente da República), Santos Cruz (ministro da Secretaria de Governo) e Heleno (ministro) e aos militares em geral”, afirmou.