A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), abriu mais um acampamento para deslocados internos no Iraque para abrigar milhares de pessoas que estão fugindo da violência no oeste de Mossul. A cidade está sendo alvo de uma ofensiva militar desde outubro passado por parte do exército sírio para expulsar forças do Estado Islâmico (EI). As informações são da ONU News.
A Acnur informou que pelo menos 500 pessoas, 96 famílias, chegaram ao local em vários ônibus desde a terça-feira. O campo de Hasasham U2 fica a aproximadamente 60 km de Mossul. O novo campo foi necessário porque em apenas quatro semanas, o último acampamento aberto pelo Acnur e parceiros em resposta à emergência humanitária na cidade iraquiana está quase atingindo a capacidade máxima de 30 mil pessoas.
Ao chegar a Hasasham U2, cada família recebe uma tenda e itens básicos, como cobertores e utensílios de cozinha. A Acnur já tem mais de mil tendas prontas para acomodar mais de 6 mil pessoas no novo acampamento. A capacidade máxima no local é de 9 mil pessoas.
A agência da ONU afirmou que as famílias que estão fugindo do oeste de Mossul correm alto risco. A cidade está sob forte bombardeio e lutas e não há serviços básicos, comida, água, nem combustível. Muitas pessoas disseram que estão vivendo com apenas uma refeição ao dia, geralmente pão ou farinha e água.
Mais fundos
A Acnur pediu a todas as partes envolvidas no conflito que permitam a saída de civis da região. A agência espera uma fuga em massa do oeste de Mossul, por isso, junto com parceiros, está construindo mais acampamentos. Entre eles, a primeira fase do campo de Al Salamiya 2, ora em construção e que quando estiver pronto terá capacidade para abrigar 30 mil pessoas.O projeto total vai abrigar 60 mil deslocados.
A ONU está preocupada com os fundos para financiar os programas de apoio a refugiados e deslocados internos. Até o momento, a Acnur recebeu apenas 18% dos US$ 578 milhões pedidos.
Segundo as autoridades iraquianas, mais de 630 mil pessoas de Mossul e áreas ao redor da cidade estão deslocadas desde outubro de 2016, quando teve início a operação militar de retomada da região do grupo terrorista EI.
Agência Brasil