A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou hoje (11) “a detenção continuada de crianças palestinas” por Israel e exigiu que os seus direitos sejam protegidos através da libertação imediata para não serem contagiadas pela covid-19.
“A melhor maneira de defender os direitos das crianças detidas no meio de uma pandemia perigosa é libertá-las”, afirmaram, em comunicado conjunto, o coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinos ocupados, Jamie McGoldrick, o chefe da Unidade de Direitos Humanos da ONU na região, James Heenan, e a representante especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a Palestina, Geneviève Boutin.
Segundo a ONU, no fim de março foram colocados 194 menores palestinos em prisões e centros de detenção israelitas, um número “ainda maior do que o total médio mensal de crianças detidas em 2019”. As Nações Unidas garantiram ainda que a maioria das crianças foi detida sem acusação por qualquer crime.
A ONU chamou a atenção para o risco de estes menores detidos “contraírem a covid-19”, já que nos centros prisionais é mais difícil manter distância física e cumprir outras medidas preventivas.
Além disso, “os procedimentos legais estão suspensos” pelo que quase todas as visitas às prisões foram canceladas e “as crianças não têm acesso às suas famílias e advogados”, adianta o mesmo comunicado.
Esta situação causa “sofrimento psicológico”, não permite “o apoio jurídico a que têm direito” e causa “maior pressão”, podendo levar as crianças a se declarar culpadas para serem libertadas” mais rapidamente.
Segurança
“Os direitos das crianças à proteção, segurança e bem-estar devem ser sempre respeitados”, sobretudo em momentos como este, afirma a ONU.
Tanto Israel como os territórios palestinos superaram a pior fase da pandemia, que afetou a região.
Desde que foi detectada na China, em dezembro passado, a pandemia já provocou mais de 280 mil mortos e infectou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios. Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.522).
Seguem-se o Reino Unido (31.855 mortos, mais de 219 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.621 mortos, mais de 224 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).
Agência Brasil