Como parte das estratégias da Operação Chuva, instituída em Diário Oficial no início do mês,, a Defesa Civil de Lauro de Freitas vistoriou as margens do rio Goró na manhã desta quarta-feira (17). A visita periódica, realizada pela equipe técnica, analisa a área, classifica riscos e elabora relatórios técnicos, no intuito de manter a vigilância das áreas onde ocorrem inundações na cidade.
O superintendente da Defesa Civil, Thiago Max, explica que maio aponta um histórico de acumulado de 316,36 mm de chuva e, portanto, a necessidade da vigilância. “Como trabalho preventivo à chegada dos meses de maior intensificação das chuvas, no início do ano dispensamos 1.500m² de lona plástica em encostas e taludes de corte desprotegidos, após registro de ocorrência e visita dos técnicos, em locais nos bairros de Itinga, Vida Nova, Vila Praiana, Ipitanga, Areia Branca, Portão e Caji”, disse.
As vistorias acontecem diariamente nos pontos previamente identificados e com histórico de alagamentos ou outras ocorrências, com a participação das equipes de limpeza da Secretaria de Serviços Públicos (SESP) e Infraestrutura (SEINFRA) que realizam, quando há necessidade, ações de limpeza e desobstrução de rios, córregos e canais, limpeza de bueiros e sistema de águas pluviais, análise com poda e/ou erradicação de árvores com risco de queda, remoção de materiais e resíduos disposto indevidamente em vias e logradouros públicos, além da manutenção de pavimentação asfáltica .
Atenta ao trabalho realizado pela equipe, a aposentada Maria Conceição conta que mora próximo ao rio Goró há mais de 30 anos e que já sofreu muito com alagamentos. “Eu construí um batente para ajudar a conter a força da água. Mas graças a Deus e as ações de limpeza, já tem algum tempo que chove e a água não entra mais”, disse.
Descarte irregular de lixo é um desafio
Nas margens do rio, o descarte irregular de lixo chama a atenção. No local, itens como móveis e entulho de construções se misturam a animais que garimpam em busca de alimentos. “Em momentos de chuvas esses resíduos são transportados provocando o entupimento das redes de drenagem de águas pluviais, causando problemas de infraestrutura, alagamento de vias e inundação de habitações, além do desequilíbrio ambiental. Mesmo com a conscientização da sociedade sobre os impactos das ações no meio ambiente, muitas pessoas ainda não se sensibilizaram quanto ao descarte irregular de lixo e resíduos”, frisou Thiago.
Texto – Giovanna Reyner
Foto – Raphael Muller