Para proteger o meio ambiente e garantir a segurança dos moradores, visitantes e turistas, que frequentam a localidade de Arembepe, a Secretaria dos Serviços Públicos (Sesp), por meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), deu início nesta quarta-feira (31/7), à operação de retirada de 12 barcos abandonados e/ou danificados, que se encontravam atracados na Praia do Porto há anos.
Inicialmente, a ação, que começou nas primeiras horas da manhã, aconteceu próximo à Paróquia São Francisco de Arembepe. Na sequência, foi realizada nas mediações das peixarias. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Ivanaldo Soares, até o fim da manhã desta quarta, 50% da operação havia sido executada. “Graças a Deus, o planejamento elaborado, junto às demais secretarias envolvidas, está seguindo conforme o esperado, e a nossa expectativa está sendo alcançada. Foi uma decisão acertada, detectamos muitos dejetos acumulados nos barcos, o que apresentava risco, sobretudo, para os banhistas.”, explicou o gestor.
Filha de pescador, “nascida e criada na beira do mar”. É assim que Fabiana Franco, 44 anos, se descreve a comunicóloga e empreendedora, que mora há 26 anos em Arembepe. Em sua avaliação, a operação chegou no momento certo e traz um saldo positivo para a comunidade. “Essa iniciativa é muito importante, uma vez que o nosso principal patrimônio são os nossos 42 quilômetros (km) de praias. Muitas pessoas ocuparam as faixas de areia de forma indevida e precisamos garantir o acesso e a contemplação dessa beleza que é Arembepe. Outro fator a ser levado em consideração é a vigilância sanitária, visto que essas embarcações estavam abandonadas”, destacou.
A operação contou com quatro caminhões, dois com carroceria, e os outros do tipo Munck, cada um com 60 toneladas (t), que foram usados para içar e descarregar as embarcações. Os barcos recolhidos foram transladados e dispostos numa área pública, na região da Praça da Pocobeira, situada na Rua Conceição, ficando à disposição dos donos para o devido reconhecimento e reforma, se for o caso. O prazo máximo para a retirada e o destino das embarcações ainda está em fase de ajustes.
Acompanhando a operação desde o início, a titular da Secretaria do Turismo (Setur), Lúcia Bichara, que foi uma das pastas municipais a dar apoio à ação, afirma que, “a comunidade está ao nosso lado nesse projeto. Essa é uma ação que visa trazer melhorias para Arembepe, que é um dos maiores destinos turísticos, e com a única Aldeia Hippie habitada do mundo. E nós precisamos manter a praia limpa e ordenada”, ressaltou.
Moradora de Arembepe há mais de 30 anos, a economista e aposentada, Nilcea Freitas, 80 anos, ressaltou que, “a remoção dos barcos é uma ação importante e muito esperada. Nunca é tarde para fazer o que é certo, e o verão está chegando. A praia é um lugar para o lazer, e de atração turísticas. Por isso, é inaceitável que um lugar conhecido mundialmente, sirva de estacionamento para barcos abandonados. Estou aqui desde cedo acompanhando tudo, e é um alívio ver que, finalmente, as medidas necessárias estão sendo tomadas”.
Para a efetivação e o sucesso dos trabalhos a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STT), fez alterações temporárias no trânsito da localidade, com bloqueio na Rua Manoel Coelho, pelo acesso à Praça Tia Deja (antiga dos Coqueiros) até o largo das peixarias. Durante a ação e enquanto durar a operação, será proibido estacionar ao longo desta via, bem como no estacionamento da Praça Salustiano Santiago de Souza (antiga das Amendoeiras). Como forma alternativa de acesso, tanto para quem pretende ir sentido à praia do Piruí quanto para quem deseja sair de Arembepe, a Rua da Glória será a opção.
A operação recebeu, ainda, o apoio das secretarias da Saúde (Sesau), e do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur). A Naturalle Resíduos, empresa responsável pela coleta regular do lixo domiciliar no município, e a Polícia Militar (PM) também participou da ação.
Foto: Tiago Pacheco