As polícias Rodoviária Federal e Militar participaram de duas operações coordenadas nacionalmente contra exploração sexual de crianças e adolescentes. Foram detidos 124 suspeitos de envolvimento com os crimes, e resgatados 67 meninos e meninas encontrados em situações de efetiva exploração sexual ou vulnerabilidade.
Os dados das operações Oneesca IV e Parador 27 foram divulgados hoje (28) pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
As duas operações visaram o combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes. Deflagrada no dia 14 de maio pela PRF, a Oneesca IV aconteceu em rodovias federais de todo o país, e já resultou na detenção de 42 pessoas; no resgate de 31 crianças e adolescentes e na fiscalização de 1.109 pontos onde as vítimas estão sujeitas à exploração ou em situação de vulnerabilidade.
Já a Operação Parador 27, foi realizada simultaneamente pelas polícias Militar dos 26 estados e do Distrito Federal. Até esta manhã, foram fiscalizados 1.508 locais em rodovias estaduais de todo o país, com a detenção de 82 pessoas e o resgate de 36 meninos e meninas. A operação foi coordenada nacionalmente pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ao considerar apenas os resultados da Operação Oneesca IV, da PRF, as unidades da federação com o maior número de pessoas detidas, até o momento, são o Amapá e a Bahia, com sete suspeitos cada. Em seguida vem Minas Gerais (5); Acre, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, com três suspeitos detidos cada.
Em nota, o Ministério da Justiça informou que as duas operações foram deflagradas durante o mês de maio por ser este um período especialmente dedicado ao incremento das ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Ainda segundo a pasta, embora a Operação Oneesca, da PRF, já tenha ocorrido em anos anteriores, essa é a primeira vez que as polícias Militar dos estados atuam de forma simultânea com este mesmo objetivo.
As ações foram subsidiadas por informações fornecidas por meio do Projeto Mapear, criado há 18 anos para cruzar dados de todo o país e, assim, identificar pontos vulneráveis ou suspeitos. Parte das informações analisadas pelo projeto vêm de denúncias anônimas pelos serviços Disque 100, Disque 191 e Ligue 180, que podem ser acionados gratuitamente por qualquer cidadão, diariamente, a qualquer hora do dia ou da noite.
Segundo o ministro Anderson Torres, o combate à exploração sexual é um “crime inaceitável e de impactos irreversíveis”, contra o qual o governo está “decretando guerra”.
A ministra Damares Alves alertou que a exploração sxual de crianças e adolescentes acontece em diferentes espaços, inclusive em ambientes domésticos. “O abuso sexual de crianças se dá em diversos espaços. Se dá na internet, se dá dentro de casa, na rua”.
Ela disse que recebeu imagens do momento em que policiais retiraram uma garota de 12 anos de idade de um motel em uma capital.
“Se em plena luz do dia, em pleno Maio Laranja, quando eles [os criminosos] sabem que estamos nas ruas, uma menina é resgatada de um hotel de uma capital, [imaginem] o que está acontecendo nos lugares mais distantes desta Nação”, comentou Damares.
Agência Brasil