Os acidentes causados por animais peçonhentos, apesar de pouco frequentes, devem ser prevenidos. De janeiro até a primeira semana de agosto deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou 71 casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos como escorpiões, serpentes, aranhas, lagartas e abelhas. Já nos anos de 2019 e 2020, o Centro registrou um total de 335 acidentes.
Para reduzir ainda mais esses números, o CCZ possui uma equipe especializada que, ao receber uma solicitação de aparecimento ou acidentes com animais peçonhentos, vai ao local realizar uma avaliação ambiental onde é inspecionada a área interna e externa da residência. Ao identificar o aparecimento de um animal peçonhento, a população deve entrar em contato por meio do número 156.
Além da CCZ, a população pode acionar a equipe do Grupamento Especial de Proteção Ambiental (Gepa) da Guarda Civil Municipal (GCM), através do número (71) 3202-5312. Ao ligar, o Gepa imediatamente desloca uma equipe especializada, com equipamentos específicos, para realizar o resgate do animal com total segurança.
“Os cheiros, o barulho e nosso ambiente não são agradáveis para os animais silvestres. Por isso, é importante que as pessoas nunca se aproximem do animal e nem tentem pegá-los, pois o mesmo provavelmente está com medo, por ter sido tirado de seu habitat natural por algum motivo”, alertou o comandante do Gepa, Robson Pires.
Segundo a bióloga do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Ana Virgínia Rocha, esses tipos de animais costumam surgir em época de chuva, nos períodos de reprodução ou quando há desmatamento. “Para impedir que os bichos surjam, é necessário que a população mantenha limpos quintais, jardins e terreno baldio; não acumular lixo doméstico nem entulho; fechar os espaços em aberto das portas, janelas e ralos; manter berços e camas afastados das paredes. Além disso, vale examinar bem as roupas e calçados antes de serem utilizados e manter o ambiente dedetizado para evitar o aparecimento de baratas, que servem de alimentos para o escorpião, por exemplo”, alertou.
Ana salienta ainda que, em casos de acidentes, a vítima deve lavar imediatamente o local com água e sabão, e mantê-lo calmo e controlado até chegar à Unidade de Saúde mais próxima. E, se possível, levar o animal agressor para identificação. “Os casos se tornam mais graves a depender da espécie, tamanho, quantidade de peçonha inoculada, região do corpo que foi atingida e sensibilidade do acidentado”, finalizou.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom