Desde o último verão, circula nas ruas de Salvador um veículo dedicado especificamente a apagar pichações. Um carro da Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) percorre a cidade equipado com tintas e removedores para tentar deixar os monumentos com suas cores originais o mais rápido possível. Segundo o titular da pasta, Marcílio Bastos, as áreas mais atendidas pelo ‘esquadrão anti-pichação’ são a orla e o centro de Salvador. Ele explica que as “rondas” não possuem horário definido, mas costumam acontecer em momentos de menor movimento de pessoas. “O veículo é acionado através das informações que chegam por redes sociais, pela mídia…”, comentou o secretário, em entrevista ao Bahia Notícias, sugerindo que a população denunciasse os casos de pichação na cidade. No entanto, o equipamento que mais vem precisando do serviço fica fora desses eixos. Desde o ano passado, o monumento a Clériston Andrade já passou por três reparos que, somados, custaram R$ 17 mil. “Ali o próprio material usado para remoção não é barato, porque [o monumento] é feito todo de mármore. Como o mármore é poroso, ele absorve todo o material”, explicou. O secretário afirma que as áreas com mais pichações em Salvador são aquelas em que a Seman tem dificuldade “em enraizar o sentimento de pertencimento” na população. Recentemente, a Câmara Municipal aprovou uma lei que estabelece multa de R$ 3 mil para pichadores. Segundo a Seman, a Procuradoria Geral do Município (PGM) ainda está verificando a constitucionalidade do projeto, para então o processo ser regulamentado. “Independente do resultado, só pela iniciativa a gente fica satisfeito”, comentou Bastos.
Bahia Notícias