Duas semanas após a Polícia Federal ter deflagrada a operação Hidra de Lerna, que investiga caixa 2 na campanha de 2014 para o governo da Bahia, o governador Rui Costa não quis se prolongar ao comentar o assunto, na manhã desta sexta-feira (21). “Os advogados vão tratar disso”.
Rui Costa ressaltou que “que será dado o mesmo tratamento da denúncia feita durante as eleições de 2014”. Em setembro daquele ano, 15 dias antes do pleito, a revista Veja fez matéria com base em denúncia de Dalva Sele, dona da ONG Instituto Brasil, de ser um dos beneficiários de um esquema de desvio de dinheiro público de R$ 50 milhões que seriam escoados em campanhas petistas. Rui processou a revista e a denunciante.
“Vou continuar olhando no olho dos jornalistas e dos meus filhos com a cabeça erguida hoje e sempre. Disso eu não vou abrir mão”, frisou.
A operação, intitulada como “Hidra de Lerna”, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na Bahia, Distrito Federal e no Rio de Janeiro na manhã do dia 4 deste mês. Em Salvador, a PF esteve na sede do PT, na Propeg, em uma apartamento no Corredor da Vitória, na OAS, e no apartamento do ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte.
Segundo a Polícia Federal, a operação investiga um grupo criminoso responsável pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia e por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
A operação também investiga se o esquema de financiamento foi usado na campanha eleitoral de Rui Costa ao governo do estado.
Em delação, a dona da agência de propaganda Pepper, Daniele Fonteles, contou ter recebido da empreiteira OAS, via caixa 2, por serviços prestados à campanha de Rui Costa em 2014. Ao ser questionado pelo Bocão News se havia conversado com Daniele durante a campanha de 2014, Rui negou, para logo emendar. “Os advogados vão tratar disso”.
Bocão News