O cargo de técnico do Fluminense de Oswaldo de Oliveira está ameaçado. A diretoria do Tricolor carioca vai ser reunir nesta sexta-feira (27) para definir o futuro do treinador no clube após o bate boca com o meio-campista Paulo Henrique Ganso no empate em 1 a 1 com o Santos, nesta quinta (26), no Maracanã, pela 21ª rodada do Brasileirão.
Oswaldo e Ganso trocaram ofensas durante a partida. Ao ser substituído por Daniel aos 18 minutos do segundo tempo, o camisa 10 saiu esbravejando “não sabe” e xingou o treinador de “você é burro pra c*”. O comandante, por sua vez, reagiu e chamou o atleta de “vagabundo”. O preparador de goleiros André Carvalho, o auxiliar Marcão e alguns companheiro tiveram que conter o meia. Depois, já sentado no banco de reservas, ele continuou reclamando com outros jogadores. Antes do apito final, Ganso colocou o colete e ficou na beira do campo próximo de Osvaldo orientando a equipe.
“Eu não trabalho para ele, eu trabalho para o Fluminense e procuro ajudar meus companheiros, como estava fazendo dentro de campo. Foi uma discussão que houve dentro de campo e não tem como pedir por favor e falar obrigado. Faz parte do jogo. Vamos conversar lá dentro e ver o que vai acontecer”, disse Ganso na saída para o vestiário após o encerramento do jogo.
Oswaldo comentou o episódio na entrevista coletiva. “Eu tomei a iniciativa na frente de todo mundo. Chamei, dei um abraço e falei que as coisas se resolvem assim. Ele aceitou, é claro”, afirmou. “Às vezes, os ânimos passam dos limites como aconteceu hoje. Está tudo resolvido, entre eu e o jogador. É natural que, em uma situação adversa, haja o desentendimento. Eu não desrespeito ninguém, principalmente um superior meu. No momento que fui desrespeitado, tomei a atitude que deveria tomar. Depois, resolvemos. A hostilidade passou do limite”, continuou.
Oswaldo também deu sua versão sobre o ocorrido. Ele disse ter sido xingado por Ganso ao dar uma ordem. “Eu pedi para ele voltar para fazer a marcação. Ele respondeu um palavrão. E aí eu tirei ele do jogo. Foi isso que aconteceu”, contou.
Porém, na zona mista, Ganso negou que tivesse se recusado a voltar para marcar. “Você viu eu voltando na marcação sempre. Não foi por isso, foi por outra coisa. Mas não vem ao caso. Vamos todos tentar ajudar o Fluminense”, falou.
Questionado se o treinador tem o grupo nas mãos, o camisa 10 desconversou e se esquivou se Osvaldo deve seguir no cargo. “O trabalho segue. Está todo mundo incomodado com a situação em que a gente se encontra. A gente tem que trabalhar todo mundo junto para levar o Fluminense o mais longe possível dessa zona”, declarou. “Isso é o Mário e o Celso que tem que decidir, não eu”, completou.
O Fluminense deixou a zona de rebaixamento e agora ocupa a 16ª colocação ao somar 19 pontos na tabela de classificação do Brasileiro. O próximo compromisso do Tricolor carioca será domingo (29), às 16h, no Maracanã, pela 22ª rodada da competição.
Bahia Notícias