Outubro Rosa marca a campanha internacional de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Neste contexto, exames de imagem como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética são essenciais para detectar alterações precoces no tecido mamário, proporcionando tratamentos mais eficazes e menos invasivos. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 73.610 novos casos para 2024.
Segundo o médico radiologista especializado no diagnóstico da mulher e diretor médico da Clínica de Saúde e Imagem (CSI), João Rafael Carneiro, o câncer de mama nem sempre apresenta sintomas perceptíveis em estágios iniciais, mas pode ser amplamente prevenido desfechos desfavoráveis com exames regulares de rastreio e diagnóstico precoce. “A conscientização, a detecção precoce e os avanços nos tratamentos médicos têm melhorado as taxas de sobrevivência e o prognóstico de muitas pacientes”, destaca o especialista, que explica a importância de cada exame no diagnóstico do câncer de mama.
– Mamografia
A mamografia continua sendo o exame mais indicado para rastreamento do câncer de mama, especialmente para mulheres acima dos 40 anos. “A mamografia tem a capacidade de identificar nódulos e microcalcificações muito antes de serem percebidos ao toque, proporcionando uma chance maior de diagnóstico precoce”, afirma o radiologista.
– Ultrassonografia das mamas
A ultrassonografia das mamas, além de ser indicada para pacientes ginecológicas de todas as idades anualmente, pode ser especialmente recomendada para mulheres com mamas densas ou quando a mamografia não é conclusiva. “Esse exame ajuda a diferenciar cistos de lesões sólidas e é fundamental na orientação de biópsias”, explica o médico.
– Ressonância Magnética
A ressonância magnética das mamas, por sua vez, é indicada para casos específicos, como em mulheres com alto risco ou para monitoramento de lesões suspeitas. “Com imagens detalhadas, a ressonância permite uma avaliação mais precisa da extensão de possíveis lesões e acompanha a resposta ao tratamento”, completa. A ressonância pode ajudar ainda em caso de mamas com cirurgias prévias, as quais podem apresentar imagens que simulam lesão.