Pacientes da rede pública de saúde da cidade de Osasco, na Grande São Paulo, sofrem com a suspensão do fornecimento de alimentos para sua dieta enteral — feita por meio de sonda. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do município nesta terça-feira (1º).
Uma das pacientes afetadas é Arlete de Assis, de 85 anos. Em entrevista ao R7, o genro de Arlete, Pedro Oliveira Souza, aponta que a idosa vive de cama desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e se alimenta por meio de sonda há cinco anos.
— Deixaram de repassar a dieta há aproximadamente quatro meses. Eu e minha cunhada arcamos com a alimentação agora, e os gastos ficam em torno de R$ 400 por mês. Reclamei com a Secretaria de Saúde, mas não souberam me informar o motivo pelo qual o fornecimento foi suspenso. Disseram que outras 40 pessoas estão na mesma situação.
Questionada, a Secretaria de Saúde de Osasco afirma que a compra e repasse da dieta enteral é de responsabilidade do Governo de São Paulo e que Arlete de Assis deixou de receber a alimentação no início do mês de julho.
O órgão diz que “reconhece que houve descontinuidade de atendimento de alguns casos e também recusa de novos atendimentos, porém sem saber os motivos ou critérios adotados pelo Governo”.
O R7 tentou contato com a Secretaria Estadual de Saúde, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
R7