Quando “13 Reasons Why” surgiu na Netflix, a importância de se tratar um assunto tão sério como esse (bullying e suicídio no universo adolescente) foi superior a qualquer polêmica.
No entanto, a Netflix resolveu ir adiante. Aprovou não só uma segunda (já exibida), como também uma terceira (inédita) temporada da série.
Ok. Se a intenção inicial de “13 Reasons” era conscientizar sobre os problemas do bullying e da depressão entre os jovens, ela já cumpriu essa missão.
Como prosseguir então com uma história onde a protagonista, Hannah Baker, tirou a própria vida logo na primeira temporada? Era essa a trama do livro no qual a série é baseada.
Estender isso parece errado para muita gente. Pode representar apenas uma busca por lucro mexendo em um tema delicado e perigoso.
Tanto é que tem pais se unindo pelo mundo para pedir o fim da série. Nos EUA, há até um grupo organizado que acredita que o conteúdo da produção é perigoso e influencia os jovens de forma errada. Alguns argumentam que a série surtiu o efeito contrário do desejado por seus produtores, estimulando e ‘glamourizando’ o suicídio.
Esses grupos de pais chegaram a mandaram manifestos para a Netflix reclamando da insistência em renovar a série, que consideram “irresponsável”. Sucesso de audiência, a produção ganhou vida longa no serviço de vídeo sob demanda.
Mas nem os fãs de ’13 Reasons’ estão muito satisfeitos com a renovação para a terceira leva de episódios. Para muitos, a história já foi além do que deveria.
R7