O professor da Universidade Mackenzie Roberto Gondo vê a covid-19 como a “grande bandeira” das discussões e afirma que o comportamento adotado pelos políticos no enfrentamento da crise sanitária, além das propostas para a recuperação social e econômica da sua cidade, serão fundamentais na escolha do eleitorado.
Porém, o especialista acredita que o debate vai depender da realidade do município e do status em que a localidade se encontra quanto à contaminação. Outro fator importante para analisar a evolução das campanhas será o posicionamento ideológico dos postulantes aos cargos nos poderes Executivo e Legislativo municipais.
“Candidatos próximos ao governo federal vão ter um posicionamento muito mais negacionista com relação à pandemia. Ou acreditando que o Brasil tem que se preocupar com economia e que está dando tudo certo com as políticas de combate à covid-19. Ao mesmo tempo, pessoas de oposição ao governo Bolsonaro vão trabalhar com o distanciamento, as máscaras, mas sempre colocando defeitos em cima dessas perspectivas”, ponderou Roberto Gondo.
O professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Carvalho Teixeira lembra que a pandemia provocou diversas mudanças nas convenções partidárias e articulações políticas neste ano, pois muitos encontros tiveram que ser realizados virtualmente.
O cientista político vê na opção por normalizar a situação da pandemia um risco de sacrifício eleitoral. “Queira ou não, a pandemia não passou”. Para Marco Antonio Carvalho Teixeira, os candidatos precisam ter criatividade e buscar formas de se comunicar com os seus eleitores sem incentivar aglomerações.
“As redes sociais vão ter um peso grande. É uma das armas existentes hoje para, inclusive, diminuir o peso da agenda das ruas. Mas o tempo de TV e rádio vai ter um peso enorme. Se [os candidatos] souberem aproveitar bem esse recurso, vão chegar mais vezes a mais pessoas”.
No entanto, ele frisa que os candidatos precisam combater a propagação de fake news sob o risco de sofrer sanções por parte da Justiça Eleitoral. “Nas eleições de 2020, vai ser diferente, com mais controle, mais cuidado para não espalhar notícias falsas. Até porque a vigilância dos órgãos eleitorais será maior”, disse Marco Antonio Carvalho Teixeira.
O professor Roberto Gondo também acredita em maior controle do Poder Judiciário e reforça o alerta sobre o prejuízo às campanhas em caso de disseminação de notícias falsas nas redes sociais, aplicativos de mensagens e outros meios eletrônicos.
“É possível candidatos ficarem inelegíveis se forem identificados pelo mau uso das redes sociais. Diferentemente de 2018, quando estávamos em uma ‘terra de ninguém’, somos surpreendidos pelos impactos das fake news. Em 2020, vamos ter um controle maior. Não significa que não vai ser impactante para mudança de voto do eleitor. Mas o mundo está de olho nisso”, disse.
As tradicionais carreatas podem ocorrer como uma tentativa de gerar volume visual e sonoro às campanhas, especialmente em razão da dificuldade de concentração de público nas ruas. “Isso é importantíssimo. E quando você tem material enviado por e-mail, [há] potencialização das redes” , pondera Roberto Gondo.
“Comícios talvez sejam feitos virtualmente. As lives [os] substituem. Carreata dá para fazer com cada um no seu carro. É uma forma de dar volume visual [à campanha]”, complementa Marco Antônio Carvalho Teixeira. Por outro lado, os santinhos devem ter a distribuição reduzida para evitar as aglomerações. “Talvez em saídas de [estações] de metrô”, finaliza o cientista político.
R7
O professor da Universidade Mackenzie Roberto Gondo vê a covid-19 como a “grande bandeira” das discussões e afirma que o comportamento adotado pelos políticos no enfrentamento da crise sanitária, além das propostas para a recuperação social e econômica da sua cidade, serão fundamentais na escolha do eleitorado.
Porém, o especialista acredita que o debate vai depender da realidade do município e do status em que a localidade se encontra quanto à contaminação. Outro fator importante para analisar a evolução das campanhas será o posicionamento ideológico dos postulantes aos cargos nos poderes Executivo e Legislativo municipais.
“Candidatos próximos ao governo federal vão ter um posicionamento muito mais negacionista com relação à pandemia. Ou acreditando que o Brasil tem que se preocupar com economia e que está dando tudo certo com as políticas de combate à covid-19. Ao mesmo tempo, pessoas de oposição ao governo Bolsonaro vão trabalhar com o distanciamento, as máscaras, mas sempre colocando defeitos em cima dessas perspectivas”, ponderou Roberto Gondo.
O professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Carvalho Teixeira lembra que a pandemia provocou diversas mudanças nas convenções partidárias e articulações políticas neste ano, pois muitos encontros tiveram que ser realizados virtualmente.
O cientista político vê na opção por normalizar a situação da pandemia um risco de sacrifício eleitoral. “Queira ou não, a pandemia não passou”. Para Marco Antonio Carvalho Teixeira, os candidatos precisam ter criatividade e buscar formas de se comunicar com os seus eleitores sem incentivar aglomerações.
“As redes sociais vão ter um peso grande. É uma das armas existentes hoje para, inclusive, diminuir o peso da agenda das ruas. Mas o tempo de TV e rádio vai ter um peso enorme. Se [os candidatos] souberem aproveitar bem esse recurso, vão chegar mais vezes a mais pessoas”.
No entanto, ele frisa que os candidatos precisam combater a propagação de fake news sob o risco de sofrer sanções por parte da Justiça Eleitoral. “Nas eleições de 2020, vai ser diferente, com mais controle, mais cuidado para não espalhar notícias falsas. Até porque a vigilância dos órgãos eleitorais será maior”, disse Marco Antonio Carvalho Teixeira.
O professor Roberto Gondo também acredita em maior controle do Poder Judiciário e reforça o alerta sobre o prejuízo às campanhas em caso de disseminação de notícias falsas nas redes sociais, aplicativos de mensagens e outros meios eletrônicos.
“É possível candidatos ficarem inelegíveis se forem identificados pelo mau uso das redes sociais. Diferentemente de 2018, quando estávamos em uma ‘terra de ninguém’, somos surpreendidos pelos impactos das fake news. Em 2020, vamos ter um controle maior. Não significa que não vai ser impactante para mudança de voto do eleitor. Mas o mundo está de olho nisso”, disse.
As tradicionais carreatas podem ocorrer como uma tentativa de gerar volume visual e sonoro às campanhas, especialmente em razão da dificuldade de concentração de público nas ruas. “Isso é importantíssimo. E quando você tem material enviado por e-mail, [há] potencialização das redes” , pondera Roberto Gondo.
“Comícios talvez sejam feitos virtualmente. As lives [os] substituem. Carreata dá para fazer com cada um no seu carro. É uma forma de dar volume visual [à campanha]”, complementa Marco Antônio Carvalho Teixeira. Por outro lado, os santinhos devem ter a distribuição reduzida para evitar as aglomerações. “Talvez em saídas de [estações] de metrô”, finaliza o cientista político.
R7