Lideranças comunitárias de Paraisópolis se reuniram no final da tarde de hoje (9) com o governador de São Paulo, João Doria, para cobrar transparência nas investigações sobre a morte de nove jovens durante ação policial em baile funk, no dia 1º de dezembro.
Participaram ainda do encontro familiares das vítimas, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). O secretário de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, também participou da reunião.
Segundo a procuradora-geral do Estado, Lia Porto, na reunião as famílias das vítimas cobraram transparência no inquérito policial que apura as causas das nove mortes. “(Há) Transparência total em relação ao inquérito. A Defensoria já se colocou à disposição para acompanhar o inquérito. Rigor, rapidez, transparência e eficiência nas investigações (é o que as famílias pedem)”, disse ela..
Atendimentos
Segundo a defensora pública Ana Carolina Schwan, a Defensoria iniciou hoje o atendimento domiciliar das vítimas e dos parentes das vítimas. “A Defensoria esteve na comunidade de Paraisópolis na quinta e na sexta-feira fazendo atendimentos. Estamos organizando também outros pontos de atendimento na cidade a pedido da comunidade. Hoje iniciamos os atendimentos domiciliares das famílias das vítimas para colher a necessidade e individualidade deles”.
Dia de reuniões
Antes do encontro com Doria, as lideranças comunitárias de Paraisópolis se reuniram, pela manhã, com moradores do Morumbi, bairro vizinho de classe alta. Na reunião, eles decidiram pedir à prefeitura que seja criada uma subprefeitura de Paraisópolis/Morumbi. Hoje eles se submetem à subprefeitura do Campo Limpo.
Já a tarde, eles se reuniram com secretários municipais e estaduais na União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis. O secretário de Segurança Pública não participou. Nessa reunião, eles encaminharam uma lista de demandas aos governos municipal e estadual e ficou acertada a criação de seis grupos de trabalho para lidarem com os pedidos feitos pela comunidade.
Agência Brasil