Com a nova retração, a indústria nacional mantém perda de relevância no cenário global e passa a ocupar a 16ª posição. Entre 2015 e 2019, ela foi superada pelas indústrias do México, da Indonésia, da Rússia, de Taiwan, da Turquia e da Espanha. Antes disso, em 2014, o Brasil figurava entre os 10 maiores produtores no ranking mundial.
O desempenho das exportações da indústria de transformação brasileira também retrata a perda de competitividade. De acordo com estimativa da CNI, a participação nacional nas exportações, que já havia recuado de 0,91% para 0,88%, de 2017 para 2018, mantém o viés negativo e deve ficar em 0,82%, em 2019, igualando o menor patamar da série histórica, registrado em 1999. O Brasil ocupava a 30ª colocação no ranking global no último dado disponível, de 2018.
“O cenário torna ainda mais urgente a aprovação de reformas e legislações que destravem a economia brasileira e aumentem a competitividade da indústria nacional”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele cita como exemplo a reforma tributária.
A perda de participação da indústria brasileira na produção industrial mundial tem sido observada desde meados da década de 1990. Os dados evidenciam que a crise econômica brasileira de 2014-2016 intensificou esse movimento. Nesse período, o PIB da indústria acumulou queda de 10,1%, enquanto a agropecuária recuou 2,1% e os serviços recuaram 4,9%. Diferentemente do Brasil, a produção industrial mundial manteve-se em crescimento, após queda em 2009, ano da crise financeira global.
Indústria chinesa
A China possui o melhor desempenho entre os principais parceiros comerciais do Brasil. Em 2019, a participação da China no valor adicionado da indústria de transformação mundial cresceu de 28,85%, em 2018, para 29,67%, aumento de 0,82 ponto percentual, o único resultado positivo entre os países avaliados.
R7