A nova pausa no financiamento de imóveis de 180 meses concedida pela Caixa Econômica Federal, que começou a valer na segunda-feira (27), dará um alívio aos mutuários nos próximos meses e não causará impacto significativo no valor das parcelas, nem no montante da dívida.
Para Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), por se tratar de um financiamento de longo prazo e com taxas de juros razoavelmente baixas, o efeito não é expressivo e “é uma vantagem para o mutuário neste momento de crise”.
A pedido do R7, Oliveira fez uma simulação para explicar como funciona.
Imóvel de R$ 350 mil financiado em 30 anos (360 meses) com taxa de 9,5% ao ano (que é a média praticada pelo mercado)
Oliveira optou pela Tabela Price (financiamento com parcelas iguais) para facilitar o entendimento.
Neste caso, o mutuário estaria pagando parcelas fixas de R$ 2.846,45, totalizando R$ 1.024.122,00 ao fim do financiamento.
Supomos que ele aderiu à pausa de seis meses. Nesse período, ele protelou o pagamento de R$ 17.078,70 que será diluído ao longo da dívida.
Ao retomar o pagamento do contrato, as parcelas futuras serão de R$ 2.848,67 e a dívida total de R$ 1.025,541,00 ou seja, R$ 800, a mais do que o saldo da dívida inicial.
“É um reforço significativo para o orçamento neste momento e não vai pesar nas futuras prestações.”
A Caixa anunciou, inicialmente, a pausa de 120 dias no pagamento do financiamento imobiliáriol. A ampliação para 180 dias (seis meses) é mais uma tentativa para dar um refresco para a população em meio à pandemia do coronavírus.
A instituição informou que foram registradas mais de 2,1 milhões de solicitações pelo aplicativo Habitação Caixa, além de cerca de 170 mil atendimentos pelo telesserviço.
A ampliação não é automática. Quem deseja aderir deve solicitar o aumento do período sem pagar a prestação à Caixa.
A medida vai beneficiar os contratos realizados por meio do programa ‘Minha Casa Minha Vida’ (Faixas 1,5, 2 e 3) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos).
“Estender a pausa é mais uma medida importante do banco no suporte ao planejamento das famílias brasileiras nesse período de pandemia e à retomada da economia”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante o anúncio.
Para as pessoas físicas, um dos principais canais é o Aplicativo Habitação Caixa. Ao acessar o aplicativo, o cliente deve clicar na opção “solicitar pausa emergencial”.
Depois, será preciso realizar o login. Em seguida, é preciso ler as orientações e clicar em “próximo”.
Na etapa seguinte, o cliente informará seu número de celular e autorizará a Caixa a enviar SMS sobre a solicitação. Por fim, basta clicar em “solicitar pausa”.
Além do aplicativo, a Caixa disponibiliza um número de WhatsApp (0800-726 8068) e o Telesserviço (telefones 3004-1105 para capitais ou 0800-726 0505 para demais cidades, opção 7).
O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, exclusivamente para os contratos de pessoas físicas.
O cliente pessoa jurídica deverá entrar em contato com seu gerente para solicitar a pausa no pagamento de prestações.
O atendimento da Agência Digital tem um WhatsApp para todos os clientes correntistas e poupadores da Caixa.
Por meio da digitação da agência e do número da conta, o cliente será direcionado para atendimento na sua agência de forma remota.
R7