A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal (RN), palco de um massacre que deixou ao menos 30 mortos no último fim de semana, tem presos circulando livremente há quase dois anos. Segundo informações do jornal O Globo, durante o motim, ocorrido em novembro, as celas foram quebradas, permitindo a passagem dentro dos pavilhões. Este quadro impediu que a Polícia Militar, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) retomassem o controle do presídio, que vive uma situação de tensão há 48 horas. Com dificuldade de entrar na unidade, o governo estadual pediu autorização do Ministério da Justiça para usar agentes da Força Nacional dentro da penitenciária, o que está previsto para acontecer nesta terça-feira (17). Também foi solicitado reforço no contingente – desde setembro, 116 militares atuam na região metropolitana de Natal – e um helicóptero. O pedido será formalizado nesta terça, em reunião entre o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. O governador declarou ainda que pretende se encontrar com o presidente Michel Temer para discutir a crise no sistema penitenciário. Além das 142 mortes ocorridas no último ano, o estado registrou 126 fugas no período. No fim de semana, o ministro da Justiça anunciou que autorizou a liberação de recursos federais para reforçar a segurança em Alcaçuz, a maior unidade prisional do Rio Grande do Norte.
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