Preocupado com o bom uso dos recursos públicos, o governo montou uma rede de proteção para a Previdência Social. O benefício, nos últimos anos, se tornou um alvo constante de golpistas e, desde 2003, R$ 5 bilhões foram levados dos cofres públicos de forma ilícita.
Com uma fiscalização mais intensa e o uso de forças-tarefa, o governo conseguiu desmontar esquemas de desvio na previdência que permitiram economizar R$ 284,9 milhões. Apenas em 2016, 45 operações foram realizadas para garantir o bom uso do dinheiro público.
“Somente o combate às fraudes não resolve os problemas da previdência”, ponderou o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano. “Combater as fraudes é importante, mas o problema da previdência é maior”, argumentou. Ele lembrou que as regras atuais sobrecarregam o sistema e levam a um crescimento das despesas com benefícios sem que haja, ao mesmo tempo, o ingresso de recursos na mesma medida.
Força-tarefa na Previdência
Esse serviço de inteligência, criado pelo governo para combater fraudes, é coordenado pela Secretaria de Previdência Social do Ministério da Fazenda. Um grupo especializado em investigar denúncias e prevenir falhas foi montado na Assessoria de Pesquisa Estratégica e Planejamento de Risco da secretaria.
Esses profissionais têm a missão de fazer a análise da fraude em busca de provas. Eles também apontam possíveis vulnerabilidades no sistema e trabalham na identificação e localização de pessoas, grupos ou organizações que atuem contra a Previdência Social.
A assessoria ainda coordena as forças-tarefa em articulação com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Agência Brasileira de Inteligência. Entre as muitas operações realizadas neste ano, apenas uma delas, no Pará, possibilitou a economia estimada de R$ 47,9 milhões aos cofres públicos.