Mais de 10% da população sofre com problemas bucais; além da perda cognitiva, falta de saúde bucal leva a reflexos na mastigação e autoestima
A perda de dentes aumenta em 21% os riscos de desenvolver Alzheimer. É o que indica uma pesquisa da Universidade de Nova York, publicada no Journal of Post-Acute and Long-Term Care Medicine. O levantamento também aponta que, quanto maior a quantidade de dentes perdidos – por doenças bucais ao longo da vida – maior a probabilidade de demências. A pesquisa, que envolveu 34 mil pacientes, concluiu: os que haviam perdido dentes tinham 48% mais risco de impedimentos cognitivos e 28% maior risco de demência, se comparado aos indivíduos com todos os dentes.
“A periodontite, doença na gengiva que compromete diretamente o suporte dos dentes, acomete mais de 10% da população mundial e, além de causar problemas sérios como o comprometimento da mastigação e de autoestima, está diretamente ligada a outras doenças, como as cognitivas”, diz o dentista e especialista em saúde coletiva da Neodent, João Piscinini.
Saúde bucal e autoestima
O aposentado Orli Dias, 77 anos, não apresenta sinais de demência, mas sofria com a falta de dentes, que atrapalhava na mastigação e na fala. Além de dentes condenados, ele tinha uma prótese parcial removível provisória na boca, que foi trocada em um procedimento para implante dentário. Pouco tempo depois, Orli realizou o sonho de falar para várias pessoas, sentindo a confiança que sempre desejou. “A dentadura solta dificulta e me deixava inseguro na hora de comer e falar. A prótese me deu mais conforto e segurança”, conta o aposentado.
“A perda dos dentes ao longo da vida leva a momentos desagradáveis, que podem ser resumidos em desconforto estético, dificuldades de mastigar e até na pronúncia de palavras”, complementa o especialista da Neodent, João Piscinini. “Cada vez mais o implante dentário tem papel fundamental não só na autoestima e na saúde oral, pela reposição da estética e da função mastigatória, quanto na qualidade de vida e saúde geral, por influenciar funções importantes como a nutrição”, explica Piscinini.
“Hoje, uma cirurgia de implantes é rápida, precisa e provoca muito menos dor. Antigamente, todo o processo de substituição dos dentes por implantes levava quase um semestre para ser finalizado, agora, muitas vezes, é possível ser feita em uma única ida ao consultório”, complementa Piscinini.
Funcionamento
O implante dentário é um pino (cilindro), geralmente de titânio, inserido no osso mandibular ou maxilar, abaixo da gengiva, com a intenção de substituir a raiz do dente. Esse processo ajuda a dar estabilidade necessária à fixação do dente.
As próteses montadas sobre implantes, sejam parciais ou totais, dão mais segurança às funções bucais, refletindo na saúde dos pacientes. Isso ocorre porque o implante melhora o processo de fechamento da boca, e devolve as condições ideais de articulação da mandíbula e da alimentação.
A mastigação correta dos alimentos implica diretamente na trituração adequada dos alimentos, beneficiando assim o funcionamento do sistema digestivo e as condições de saúde de forma geral.