A prática de exercícios sempre foi reconhecida como uma forma de manter a saúde física, mas é tanbém importante para a manutenção da saúde mental. Em atualização publicada nesta quarta-feira (27), a Academia Americana de Neurologia recomendou a prescrição de exercícios, ao invés de remédios, para tratamento do chamado comprometimento cognitivo leve (CCL). Segundo o jornal O Globo, o diretor do Centro de Pesquisas do Mal de Alzheimer da Clínica Mayo, nos EUA, e líder do comitê responsável pela elaboração das novas diretrizes da Academia Americana de Neurologia, Ronald Petersen, afirmou que a nova recomendação está relacionada ao maior risco de desenvolvimento de algum tipo de demência mais séria e a falta de medicamentos comprovadamente eficazes contra o CCL. “O comprometimento cognitivo leve pode ser provocado por uma variedade de fatores, muitos deles reversíveis ou controláveis, como diabetes ou problemas vasculares no cérebro”, explicou. “Mas ele também pode ser um sinal de alerta para outras demências, como o mal de Alzheimer. Então, se um paciente tem histórico familiar ou predisposição genética para o Alzheimer, a nova recomendação é ainda mais importante e benéfica, pois ela inclui, com impactos positivos, essas pessoas sob maior risco de desenvolvimento de demência. Isso porque os exercícios podem não evitar o surgimento do Alzheimer, mas podem adiar seu desenvolvimento. Assim, uma pessoa que estava fadada a ter sua vida comprometida pela demência aos 70 anos pode só começar a ter problemas cognitivos que afetam seu dia a dia aos 75, 76 ou mais anos, por exemplo”, acrescentou. Para as novas diretrizes, foram revisados mais de 11 mil estudos sobre o tema publicados nos últimos anos.
Bahia Notícias