Raul Padilha, 35 anos, é formado em administração, mas deixou a carreira de gerente comercial para participar das competições de jiu-jitsu e viver do esporte. Mesmo dedicando seu tempo a luta, continua estudando. Além dos treinos, dedica um tempo para as aulas de inglês e, como tantos brasileiros, pretende deixar o país.
Padilha está entre os 86% dos brasileiros que consideram a língua inglesa importante para o sucesso na carreira, como mostra a pesquisa Global Lifelong Learner Survey, realizada pela Person, que ouviu 21,5 mil pessoas com idades entre 14 e 70 anos em nove países.
De acordo com a pesquisa, 84% dos entrevistados que estão empregados entendem que a educação continuada é um caminho para avançar profissionalmente. E 81% dos brasileiros são considerados “aprendizes ativos” – estão matriculados em cursos ou programas educacionais. Esse número é superior ao de países como Canadá e Estados Unidos.
“Não só porque mudei de área, mas entendo que é importante buscar especialização sempre, o mundo muda muito rápido com as novas tecnologias”, diz Raul. “Para acompanhar essa evolução, não dá para parar de estudar.”
De acordo com Juliano Costa, vice-presidente de Educação da Pearson no Brasil, “todas as gerações entendem o estudo como algo contínuo”, diz. “Os entrevistados entenderam que se não continuarem estudando, não terão emprego.”
A pesquisa também aponta que 47% dos brasileiros querem trabalhar no exterior um dia. Para a maioria dos entrevistados da Geração Z, pessoas entre 14 e 22 anos, os dois fatores que mais contribuíram para sua formação nos últimos meses são o professor (57%) e o YouTube (51%).
“Fora da escola, o YouTube é a ferramenta mais importante para se ter acesso ao conhecimento, no entanto, é importante destacar que o papel do professor é reconhecido por todas as gerações”, observa Costa.
R7