O censo foi realizado em parceria com o Sinapro-Bahia e a Fenapro e contou com a participação de mais de 1000 gestores, que responderam questões sobre gestão, relacionamento com o cliente e perspectivas para o futuro
Realizado desde 2014, o Censo Agências é considerado um dos maiores levantamentos sobre o mercado publicitário disponíveis no mercado. A pesquisa foi realizada pela empresa Operand, com apoio do Sinapro-Bahia e da Fenapro e, nesta edição, contou com mais de 1000 participantes, que responderam de forma on-line no período de novembro de 2021 a janeiro de 2022. Entre os pontos de destaque, os dados mostram um crescimento do digital neste setor durante a pandemia; para 39,84% dos participantes, houve aumento de demanda por gestão de mídias sociais; 34% falaram que tiveram aumento por gestão de mídias pagas e 25% por websites. E quanto a expectativas em relação ao mercado pós-pandemia, a maioria das respostas é positiva: 52% consideram o mercado parcialmente reaquecido e 34% afirmaram que o mercado já está totalmente reaquecido. Essa recuperação é sentida também nas questões financeiras, onde, para a maioria das agências (40%), o saldo financeiro aumentou de 2020 para 2021 e para 20 %, o saldo aumentou muito. Já os outros 18% responderam que não aumentou.
O perfil das agências participantes mostrou que 47% delas estão localizadas nas capitais, 39% no interior e 14% na região metropolitana. Na atuação, o domínio maior é o de agências full service, que representam 49% dos participantes; 32% são agências online/digital e 5% atuam como agência de comunicação integrada. A maioria das agências participantes tem até 10 colaboradores na equipe: 35% têm de 1 a 5; 25% de 6 a 10; 20% de 11 a 20. Em relação à gestão destas empresas, a pesquisa mostra que grande parte dos gestores das agências está liderando a sua primeira empresa (54%); 27% afirmaram que tiveram outra empresa na área de comunicação e 18% já tiveram empresa em outras áreas de atuação. Boa parte dos gestores das agências consideram que o tempo dedicado à gestão do próprio negócio é regular (43%); 27% consideram que se dedicam muito e 24% afirmaram que se dedicam pouco.
Sobre a forma de trabalho, as mudanças ocasionadas pela pandemia ainda são sentidas: 50% das agências participantes responderam que toda a equipe está em regime de home-office, 29% ainda mantém uma parte da equipe em trabalho de casa e 21% voltaram ao presencial. Entre os motivos da permanência do modelo home office, 39% disseram ser por conta do momento de pandemia, 16% para reduzir os custos com a estrutura física e 9% responderam que não encontram mão-de-obra especializada na região. Sobre a gestão do home office, as principais dificuldades enfrentadas foram: “manter viva a cultura da empresa” (51%); “gerenciar o tempo de execução das tarefas” (42%); “mediar as relações entre os colaboradores” (40%) e “acompanhar o status das atividades” (33%). Para Vera Rocha, presidente do Sinapro-Bahia, a pesquisa traz informações relevantes que ilustram bem o cenário nacional do mercado, ainda lidando com as transformações da pandemia. “O Censo das Agências, que temos a satisfação de apoiar em mais um ano, é uma ferramenta muito importante para entender como funcionam as agências em todos o país e como os gestores têm atuado para vencer os desafios”.
Gráfico sobre os serviços que tiveram aumento de demanda durante a pandemia