Muitos fatores influenciam nossas escolhas alimentares. A regulação do apetite é complexa e envolve diversas regiões cerebrais. Com o avanço das pesquisas em neuroimagem está sendo possível desvendar quais regiões cerebrais são relacionadas a determinados comportamentos. Um dos comportamentos frequentemente relatados é o chamado comer emocional. São pessoas que comem exageradamente e fazendo escolhas recompensadoras, como alimentos ricos em açúcar e gordura como resposta a emoções negativas, tais como tédio, ansiedade, tensão, raiva ou tristeza. Um pensamento que ocorre muito nessas pessoas é quando, depois de um dia exaustivo, ao chegar em casa comem bastante por pensarem “hoje eu mereço”.
Pesquisas recentes mostram que a região da amígdala cerebral está relacionada a esse comportamento, a área responsável pelas nossas emoções. De acordo com o site Uol, foi demonstrado que indivíduos com um alto nível de estresse crônico tem a atividade dessa região cerebral aumentada, o que se relaciona diretamente com o comer emocional. Segundo a pesquisa, mulheres com excesso de peso ou obesidade tiveram notas mais altas em questionamentos que avaliavam o comer emocional. Mesmo que o comportamento tenha sido identificado também em pessoas com o peso normal, ele é nitidamente mais comum entre indivíduos obesos. Segundo a pesquisa, classificar o comportamento alimentar ajuda na possibilidade de tratamentos mais direcionados, alguns farmacológicos e outros apenas comportamentais.
Bahia Notícias