A petição promovida por eleitores do Reino Unido para anular a visita oficial do presidente dos Estados Unidos ao país já superou um milhão de assinaturas. A petição surgiu ainda antes da premier britânica, Theresa May, convidar oficialmente Donald Trump a visitar o país na semana passada, durante uma viagem a Washington. O recolhimento de assinaturas ganhou mais força neste fim de semana, quando o republicano firmou um decreto que restringe a entrada de cidadãos de sete países nos EUA. As informações são da Agência Ansa.
May, que foi a primeira líder mundial a se reunir com Trump desde que ele assumiu a Casa Branca, há 10 dias, anunciou que, apesar da petição, “manterá seu convite”. Segundo a rede BBC, a premier acredita que desistir da visita de Trump “signicaria apagar tudo que foi discutido no primeiro encontro em Washington”, no qual os dois concordaram em unir esforços em temas estratégicos.
Desde a sua campanha eleitoral Trump gera polêmica entre os britânicos devido às suas propostas. Em janeiro de 2016, o Parlamento de Londres votou uma petição para proibir a entrada do magnata no país. A visita oficial de Trump ao Reino Unido pode ocorrer ao longo de 2017 e contar com um jantar com a rainha Elizabeth II, como manda o protocolo de viagens de chefes de Estado. A petição diz que Trump deve poder entrar no Reino Unido como chefe do governo americano “mas não deve ser convidado para uma visita de Estado, porque isso iria causar embaraço para a rainha”.
“A bem documentada misoginia e vulgaridade de Donald Trump inabilitam-no para ser recebido pela rainha e pelo príncipe de Gales”, acrescenta o texto. Conforme as regras do Reino Unido, todas as petições que passem das 100 mil assinaturas tem que ser debatidas pelos deputados.
Agência Brasil