Após o vazamento da data do depoimento de Maristela, filha do presidente Michel Temer, a Polícia Federal avalia mudar o dia da oitiva. Inicialmente, ela seria ouvida na quinta-feira (3), mas a diligência pode ocorrer ainda nesta quarta (2), para afastar a possibilidade de tumulto, de acordo com a Coluna do Estadão. A expectativa é que Maristela explique quem pagou uma grande reforma feita na casa dela, em 2014. A suspeita é que os gastos tenham sido quitados pelo coronel da reserva da PM João Baptista Lima Filho, antigo amigo de Temer, como forma de lavar dinheiro de propina destinada ao emedebista. Nos últimos dias, Temer disse a aliados que não vai tolerar novos vazamentos das investigações do Inquérito dos Portos e que seria inadmissível o conteúdo do depoimento de Maristela vir a público. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decide esta semana se dá seu aval para a prorrogação por mais 60 dias do Inquérito dos Portos, atendendo a pedido da PF. A tendência é que ela concorde. O relator do caso no STF, ministro Luís Roberto Barroso, tem a palavra final.