Integrando à agenda do Novembro Negro promovida pelo Governo do Estado da Bahia, a Procuradoria Geral do Estado realizará, entre os dias 01 e 30 de novembro, uma série de atividades voltadas para a discussão e combate ao racismo e garantia e ampliação dos direitos da população negra. Dentre as ações destaca-se, nesta quinta-feira (dia 01/11), , o lançamento do selo de combate ao racismo institucional, às 10h, na sede do órgão, localizada no Centro Administrativo da Bahia. Durante o mês de novembro todos os processos que forem cadastrados no protocolo do órgão receberão o selo da campanha.
Segundo o procurador geral do Estado, Paulo Moreno Carvalho, o objetivo da iniciativa é mostrar à administração pública e a sociedade civil em geral o comprometimento da instituição com a causa e promover uma conscientização de todo o corpo funcional do órgão sobre a importância e necessidade de se discutir e combater o racismo em todas as suas formas.
“O lançamento do selo é um ato simbólico de protesto contra normas, políticas públicas e/ou práticas institucionais que apresentem conteúdo discriminatório ou que tenham efeitos negativos sobre a população negra no Estado. E não vamos parar por aqui, pois iremos adotar medidas regulamentares e administrativas adequadas para sanear as situações discriminatórias identificadas e prevenir a prática de novas discriminações”, afirmou Moreno.
O Novembro Negro da PGE também terá como uma de suas ações , a realização de um curso sobre “Racismo Institucional”. A atividade será desenvolvida em parceria com a Sepromi e oferecido a todos os seus servidores e interessados. O objetivo do curso é incentivar e promover o desenvolvimento de uma disposição cultural entre o quadro de servidores públicos para que o enfrentamento ao racismo institucional seja de fato incorporado em todas as etapas do processo de formulação, implementação e avaliação das políticas e dos serviços, adotando medidas para a garantia de visibilidade e respeito à dignidade e peculiaridade, das pessoas negras destinatárias da sua atuação institucional.
Para o procurador geral “a sociedade atual não comporta mais um modelo social, jurídico e institucional onde os órgãos públicos não reconheçam que o enfrentamento ao racismo é dever do Estado, em defesa do princípio constitucional da igualdade entre os cidadãos e cidadãs e em respeito à dignidade da pessoa humana”.
Racismo Institucional
O racismo institucional ocorre quando instituições e organizações não conseguem oferecer um serviço profissional adequado às pessoas por causa de sua cor, cultura, origem religiosa, racial ou étnica. Suas manifestações podem ser identificadas como normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no trabalho cotidiano, resultantes da ignorância, falta de atenção, preconceito ou estereótipo racista. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pela ação de instituições e organizações.