Os mistérios da água são os mistérios da vida. O que é o fim? O que é começo? É sobre a lâmina espelho dessas águas que a PITACO – nova trupe de circo da Bahia – estreia nos dias 08, 09 e 10 de novembro, no picadeiro do Circo Picolino, o espetáculo SUPERFÍCIE, que através de números circenses e de dança, coloca a ‘superfície’ enquanto representante da nossa humanidade. O espetáculo busca refletir as relações líquidas e o descompromisso digital, as impressões tênues da vida e a miragem do ‘ser-ilha’ em um mar tão vasto. Superfície em que nós somos gota, mas com força pra transbordar o copo.
A apresentação do dia 08 de novembro, que ocorrerá às 14h30, contará com acessibilidade em Libras e Audiodescrição. Já as sessões dos dias 09 e 10 de novembro serão realizadas às 19h. A temporada de SUPERFÍCIE é totalmente gratuita e a entrada é sujeita à lotação do Circo Picolino. Com o objetivo de aproximar-se com o território de Pituaçu e outras instituições de ensino público de Salvador, está sendo realizado um trabalho de mediação cultural, sob a coordenação de Janahina Cavalcante, para a primeira sessão da temporada.
SUPERFÍCIE é resultado do projeto “Pitaco em Residência”, uma imersão pelas águas que margeiam e compõem os cinco artistas intérpretes – Alexis Ayala (faixas), Adam Akuma (acrobacia), Daíse Madali (tecido acrobático), Doug Rodrigues (lira) e Julieta Kappa (malabares) -, sob direção artística de Felipe Cerqueira (artista circense, coreógrafo e diretor artístico, que também estará em cena) e a provocação cênica de Marcelo Galvão (coreógrafo e bailarino) e Luana Serrat Tamaoki (circense e diretora artística).
Com uma trupe formada por seis artistas, sendo quatro de Salvador, uma argentina e um chileno, todos residentes no Brasil, SUPERFÍCIE transcende fronteiras, fala do encontro desses corpos latinos em seus fazeres circenses e da arte como elemento de cura e integração. A água como metáfora do percurso, do encontro, da individualidade e do fluxo coletivo.