Consumidores de 11 Estados poderão, em breve, pagar suas contas de luz usando o Pix, o sistema de pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central. Hoje, já é possível quitar a fatura assim em cinco Estados, mas distribuidoras que atendem clientes de outros seis já estão com tudo encaminhado para oferecer a opção.
O primeiro grupo a adotar a tecnologia no País foi a Neoenergia, que atende consumidores na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Desde novembro, as faturas digitais passaram a contar com um QR Code e com um link que redireciona o cliente para a tela de pagamento. De acordo com a empresa, o uso da ferramenta vai ser ampliado neste ano e poderá ser utilizado também por quem receber a fatura impressa.
A CPFL, que atua em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, deve adotar um sistema semelhante em todas as faturas, inclusive as impressas, até o fim de fevereiro. A Enel, maior empresa em distribuição do País, com clientes no Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo e Ceará, também pretende oferecer a opção no futuro. A empresa informou que já recebeu aprovação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para adaptar seus sistemas e deve passar a usar o PIX em breve.
Embora não haja uma regra específica para o uso do Pix pelas distribuidoras de energia, as empresas estão adaptando seus sistemas para oferecer esse meio de pagamento em todo o País. Para isso, é necessário disponibilizar, pela conta de luz digital ou impressa, um QR Code específico, um link ou informar uma “chave” que pode ser, por exemplo, o CNPJ ou e-mail.
A adoção da ferramenta é incentivada pela Aneel, que deve discutir uma regulamentação para o uso do sistema ainda em 2021. No ano passado, o órgão firmou um acordo de cooperação técnica com o Banco Central, com intuito de fomentar o uso do sistema no setor elétrico. Além de facilitar o pagamento, a modalidade pode resultar em uma economia para os clientes, já que deve reduzir os custos do setor elétrico, o que reflete diretamente nas tarifas de energia.
O PIX pode ser usado por qualquer pessoa que tenha uma conta bancária, seja corrente ou poupança, e um celular com acesso à internet. O cliente pode optar por cadastrar uma “chave” para realizar as transações, que pode ser o número de CPF, celular ou e-mail. De acordo com dados do Banco Central, há 133,9 milhões de chaves já cadastradas – cada cliente de banco pode ter mais de uma chave.
R7