A avaliação no Palácio do Planalto é a de que o “cerco do Judiciário” ao presidente Michel Temer era esperado e deve persistir enquanto houver investigações, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou no último dia 27 a quebra de sigilo fiscal e bancário de Temer na investigação de um suposto esquema de recebimento de propina na edição de um decreto para o setor portuário, que teria beneficiado uma empresa ligada ao emedebista, a Rodrimar. Escalado para comentar publicamente o assunto, Padilha afirmou nesta terça (6) que a decisão de Barroso é “singular”, visto que é a primeira vez que uma medida deste tipo é tomada em relação a um presidente no exercício do cargo, e que havia pegado o governo de surpresa. Em reservado, no entanto, assessores do presidente ecoam o discurso de que há uma perseguição contra Temer e que é preciso entender a razão pela qual Barroso não seguiu o entendimento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que não determinava a quebra de sigilo.
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