A Polícia Civil espera que os dois suspeitos de espancar até a morte o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos, dentro da estação de metrô D. Pedro II, se entreguem até a tarde desta terça-feira (27).
Na segunda-feira (26), policiais conversaram com o advogado dos suspeitos, que teria demonstrado a intenção de convencer os investigados a se apresentarem após se completarem as 24 horas dentro das quais eles ainda poderiam ser presos em flagrante.
Segundo o Decade (Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas), os agressores são: Alipio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, e Ricardo Nascimento Martins, de 20 anos.
A polícia suspeita que o homem assassinado tenha tentado defender uma travesti em situação de rua, que era perseguido pela dupla, e acabou violentamente agredido.
A vítima vendia salgados e refrigerantes do lado de fora das dependências da estação quando tentou intervir na agressão ao morador de rua. O ambulante tentou correr em direção à bilheteria do Metrô, mas foi alcançado.
Imagens de dentro do Metrô mostram o vendedor, caído no chão, recebendo seguidos socos no rosto de um dos agressores. Pouco depois, o outro agressor se aproxima e chuta seguidamente a face do ambulante.
Ruas foi socorrido no Hospital do Servidor Público Municipal, mas não resistiu.
Apesar de não vestirem roupas que identifique os agressores como membros de gangues homofóbicas, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) não descarta a possibilidade de eles pertencerem a grupos de intolerância.
O metrô confirmou o ataque e afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelos agentes de segurança. Em nota, afirma. “O Metrô colabora com a Autoridade Policial para o esclarecimento do crime.”
Após o crime, ativistas convocaram uma manifestação para as 13h desta terça-feira (27) no local onde Ruas foi agredido.
Velório
O velório e sepultamento de Ruas serão realizados nesta terça-feira (27), no cemitério Vale da Paz, em Diadema, na Grande São Paulo.
R7