A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), uma operação para apurar crimes de fraudes contra o sistema financeiro de R$ 190 milhões usando recursos da Pauliprev, a autarquia municipal gestora do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da cidade de Paulínia, no interior de São Paulo. Segundo a PF, a investigação da Operação Falsus resultou em quatro mandados de busca e apreensão.
As investigações começaram em 2019 a partir da delação de um dos investigados na Operação Encilhamento. “Na delação, consta ter sido pago, no ano de 2015, o valor, em espécie, de R$ 300.000 ao então prefeito da cidade de Paulínia em troca do controle da Pauliprev”, informou a PF.
No mesmo ano, a Pauliprev fez duas aplicações autorizadas pelo diretor presidente responsável e pela gestora responsável e diretora financeira (nomeados a partir da negociação) no montante de R$ 85 milhões. Assim, somadas a aplicações feitas no mesmo fundo em 2013, 12% do patrimônio da Pauliprev ficou concentrado nesse investimento.
Segundo o delator, houve o pagamento de comissão dessas operações de 7% para servidores públicos, para o delator e seu sócio, beneficiando também os gestores do fundo de investimento. “Além desses investimentos, outros na ordem de R$ 106 milhões estão sendo investigados por direcionamento a fundos que seriam indiretamente controlados por um sócio da empresa que prestava consultoria à Pauliprev”.
De acordo com a PF, a fraude gerou prejuízos que afetaram o patrimônio da Pauliprev, refletindo nos benefícios dos servidores municipais.
As buscas realizadas hoje tiveram o objetivo de obter documentos que possam provar o conteúdo da delação. Os mandados destinam-se às cidades de Paulínia, Louveira e Sumaré, e Niterói (RJ).
Agência Brasil