O presidente sul-coreano Moon Jae-in e os chefes dos cinco principais partidos políticos do país formaram uma frente hoje (18) contra as restrições impostas pelo Japão às exportações de produtos sensíveis de tecnologia para empresas sul-coreanas.
Durante uma reunião em Cheong Wa Dae (escritório executivo do governo sul-coreano), em Seul, eles decidiram lançar um “órgão pan-nacional de cooperação de emergência” para lidar com a questão, de acordo com um comunicado conjunto da imprensa.
Em quase 2 anos, é a primeira vez que Moon realiza conversações simultaneamente com líderes dos partidos governistas e de oposição.
Eles “compartilharam a percepção de que a medida do Japão de restrições às exportações é uma injusta retaliação econômica que contraria a ordem do livre comércio”, disseram os porta-vozes das partes.
Eles pediram ao Japão que retroceda imediatamente em relaçãoao controle de exportação mais rigoroso dos principais componentes de semicondutores e telas digitais, que entraram em vigor algumas semanas antes.
Prometendo cooperação bipartidária sobre o assunto, Moon e os líderes do partido deixaram claro que a decisão do Japão de retirar a Coreia do Sul da “lista branca” de importadores está pondo em risco não apenas os laços entre Seul e Tóquio, mas também a cooperação de segurança no nordeste da Ásia.
A questão do Japão foi aparentemente um item de agenda de topo na sessão, juntamente com uma lei de orçamento suplementar, que está pendente na Assembleia Nacional há meses.
“O que é mais urgente e importante agora é como reagimos à medida de restrições à exportação do Japão (contra empresas sul-coreanas)”, disse Moon no início das negociações.
É necessário reunir sabedoria sobre as formas de a Coreia do Sul confiar menos no Japão para o fornecimento de materiais básicos para o setor manufatureiro, acrescentou.
Os líderes partidários presentes foram Lee Hae-chan, do liberal Partido Democrata, Hwang Kyo-ahn, do principal partido da oposição, Partido Coreano da Liberdade (LKP), Sohn Hak-kyu, do Partido Bareunmirae de centro-direita, Sim Sang-jung. do progressista Partido da Justiça e de Chung Dong-young, do partido de centro-esquerda Democracia e Paz.
Agência Brasil