A popularidade de Jair Bolsonaro (PSL) nas urnas respingou nos filhos. Eduardo Bolsonaro tornou-se o deputado federal mais votado da história do Brasil, com mais de 1,8 milhões de votos. A votação supera a marca de Enéas Carneiro (Prona), que conquistou 1.573.642 de votos em 2002.
Já Flávio Bolsonaro, eleito quatro vezes deputado estadual pelo Rio de Janeiro, deixou para trás outros 16 concorrentes e conquistou a primeira das duas vagas no Senado com 32% dos votos. Ele recebeu mais de 4,2 milhões de votos e quase ultrapassou o senador mais votado da história do estado, Romário, que registrou 4.638.808 de votos em 2014.
Nas eleições de 2014, Flávio havia sido reeleito para o quarto deputado federal com 160.359 votos. Neste ano, para o Senado, obteve votação quase 20 vezes superior à da eleição anterior. O primogênito de Jair ocupará uma vaga no Senado pelos próximos oito anos.
Os dois filhos políticos são conhecidos por comungar com as ideias do pai. Flávio já defendeu a ditadura militar em entrevistas e foi acusado de homofobia por conta de declarações polêmicas dadas à imprensa. Eduardo também se opõe ao casamento homossexual, à política de cotas e já afirmou que pretende criminalizar o comunismo.
Outro dos filhos de Jair que também está na política, Carlos não concorreu a um cargo eletivo neste pleito. Ele ocupa cadeira na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro desde o ano 2000, quando foi eleito aos 17 anos, tornando-se o mais jovem vereador da história do país. Ele pretendia candidatar-se a deputado federal, mas desistiu da candidatura em abril, por motivos pessoais. Fontes ligadas à família Bolsonaro declararam à época que ele não queria se mudar para Brasília.
Além de Flávio (37), Carlos (35) e Eduardo (34) do casamento com Rogéria Nantes Nunes Braga, Jair tem mais dois filhos. Renan, do casamento com Ana Cristina Siqueira Vale, e Laura, do seu terceiro casamento, com Michelle de Paula Firmo Reinaldo.