A menopausa é o nome dado para a última menstruação da mulher e ao fim da idade reprodutiva. De acordo com o ginecologista Rogério Felizi, ginecologista do Hospital Oswaldo Cruz, a menopausa é comumente confundida com o climatério, que é o conjunto de sintomas que são causados pela variação hormonal do final da fase reprodutiva da mulher, e costumam aparecer por volta dos 45 anos de idade.
Entre os sintomas do climatério, a mulher pode sentir ondas de calor, alterações no humor, irritação, depressão, diminuição do desejo sexual e ressecamento da mucosa que reveste a vagina. Felizi afirma que, à longo prazo, essa diminuição hormonal feminina natural aumenta as chances de desenvolver osteoporose e doenças cardiovasculares porque causa alterações metabólicas.
Segundo o ginecologista, os sintomas da menopausa costumam acometer as mulheres durante dois ou três anos, mas em alguns casos podem afetar durante cinco anos. Essas sensações podem ser aliviadas com ajuda de um especialista, que poderá receitar remédios específicos para controlar os sintomas. Felizi afirma que, para ter esse controle, é importante também que a mulher mantenha a prática de atividades físicas e tenha uma alimentação balanceada. O médico afirma que fazer sessões de acupuntura também podem ajudar a aliviar os sintomas.
Algumas mulheres podem apresentar a menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos, por conta da diminuição da produção dos hormônios sexuais femininos. O ginecologista afirma que não há causa conhecida para a menopausa precoce, mas as hipóteses são causas genéticas e imunológicas. Entre os sinais da menopausa precoce, a mulher pode apresentar irregularidade na menstruação, ondas de calor, secura vaginal e diminuição do desejo sexual.
A menopausa precoce pode ser diagnosticada por meio de um exame de sangue que analisa a dosagem dos hormônios sexuais femininos. Felizi afirma que o aparecimento da menopausa precoce estaria relacionado à obesidade, sedentarismo e tabagismo, e poderia ser evitado por meio de uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos.
As ondas de calor da menopausa ocorrem por conta da desregulação do controle de temperatura do corpo, causada pela diminuição dos níveis de estrogênio na corrente sanguínea. De acordo com o ginecologista, cerca de 75% das mulheres sentem as ondas de calor, que podem aparecer várias vezes por dia, e até causar insônia durante a noite. Felizi afirma que, em 80% dos casos, as ondas de calor da menopausa costumam aparecer por mais de um ano.
O ginecologista afirma que é possível que, após a menopausa, ainda haja algum sangramento. Nesses casos, a mulher deve procurar um médico para que possa ser feita uma investigação da ocorrência, já que este sangramento pode estar associado à doenças uterinas ou hormonais, como pólipos, miomas ou neoplasias do endométrio.
Segundo o ginecologista, a possibilidade de uma mulher engravidar após entrar na menopausa é muito baixa. Entretanto, alguns centros especializados em reprodução humana estariam realizando tratamentos com hormônios e óvulos doados por mulheres ainda férteis em mulheres já na menopausa, possibilitando uma gestação.
R7