Foram enterrados nesta terça-feira (7) sete dos oito jovens vítimas da chacina que também deixou um ferido em Porto Seguro, no sul da Bahia, na noite do domingo (5). Os sepultamentos ocorreram em diferentes cemitérios da cidade onde aconteceu o crime, e também nos municípios de Itabuna e Mascote, na mesma região do estado. O jovem Igor Lélis dos Santos Santana (filho de um policial militar) já havia sido enterrado na segunda-feira (6), um dia após o ataque. A vítima que ficou ferida na chacina segue internada no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro. De acordo com a polícia, o estado do jovem é grave.
Durante a manhã, foram enterrados Gabriel de Jesus Feitosa (filho de um PM já falecido), Claudio do Nascimento Bispo e Caio Felipe do Nascimento Bispo (filhos de policial civil), Felipe Ricardo Lopes Borges e Vinícius Bispo dos Santos (Cabo da Aeronáutica).
No início da tarde, houve o sepultamento de Gabriel de Jesus Feitosa e Leandro de Jesus Feitosa, que eram irmãos. Familiares e amigos das vítimas lotaram as cerimônias e prestaram as últimas homenagens aos jovens. O Cabo da Aeronáutica Vinícius Bispo dos Santos teve honras militares.
Investigações
A polícia diz que já identificou alguns dos suspeitos da chacina. Segundo a polícia, o grupo é suspeito de ter executado outras vítimas e de ter participado de outra chacina, há dois anos e meio, quando seis pessoas foram mortas.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram mortas após voltarem de uma festa “paredão”, que ocorreu na orla de Porto Seguro, na noite do domingo. Os jovens estavam em uma casa no bairro de Porto Alegre I, quando foram surpreendidos por homens fortemente armados, que chegaram ao local, atiraram neles e depois fugiram.
Além do jovem que está internado em Porto Seguro, dois homens e todas as mulheres que estavam no imóvel no momento do ataque sobreviveram. Eles foram poupados pelos criminosos.
Segundo a Polícia Civil, os bandidos responsáveis pela chacina se passaram por policiais ao chegarem ao local do crime. Os homens estavam encapuzados, usavam roupa de camuflagem, coletes balísticos e armas de grosso calibre. As informações foram passadas à polícia durante depoimento dos sobreviventes do atentado, que começaram a ser ouvidos pela ainda na segunda-feira. Vizinhos da casa onde o ataque aconteceu também prestaram depoimento. Até o fechamento desta reportagem, nenhum suspeito de participar da chacina havia sido preso.
A motivação do crime também segue sob investigação. “A gente vai atuar com todo empenho possível para identificar a autoria, identificar a motivação, e descartar ou não se isso tem relação com o fato dessas vítimas serem filhos de policiais”, explicou o coordenador regional da Polícia Civil, Moisés Damasceno.
Do G1 Bahia