A entrega ou revitalização de uma praça em uma comunidade é muito mais do que a simples instalação ou melhoria de um espaço público. Nas localidades mais carentes de Salvador, o local muitas vezes é a única opção de diversão para garotada e, também, onde adultos e jovens praticam atividades físicas ao ar livre.
Além do incentivo à saúde e melhoria na qualidade de vida, essas áreas de convivência e lazer também fomentam a conectividade, por meio da internet gratuita, e geração de renda, através do comércio de produtos vendidos por moradores no entorno. Em três anos e meio de gestão, mais de 530 praças foram recuperadas e/ou criadas pela Prefeitura na capital baiana. Desse total, 175 contam com pontos de Wi-Fi para a população, através do Conecta Salvador.
Somente na semana passada, 11 praças novas ou requalificadas passaram a fazer parte da rotina da população. São elas a da Capelinha, dos Artistas, da Academia e de Seu Canuto, no Engenho Velho da Federação; a do Pastor Jailton Catugy, em Cajazeiras VIII; a do Alto de Ondina, localizada na Ladeira do Jardim Zoológico; a da Praça da Bica, em Castelo Branco; a da Baixa Fria, em São Marcos; a Caetana Sowzer Bambgo-Sé-Lajoumim (Mãe Preta), em Curralinho, no Imbuí; a José Bohana Rosendo, em Mussurunga; e a Sócrates Seabra, em Itapuã.
As estruturas dispõem de quiosques para a comercialização de produtos diversos, parque infantil, balanços em eucalipto, escorregadeiras, gangorras, amarelinha, equipamentos de ginástica, balanço especial para pessoas com deficiência (PCD), cachorródromos e cercado em eucalipto tratado, além de sistema de iluminação em LED.
Na Praça José Bohana Rosendo, em Mussurunga, o local torna ainda mais especial o encontro entre os moradores. “Achei a praça maravilhosa. Tenho certeza que a população daqui fará bom uso dela. Vai servir para o lazer da região, para a prática de esportes”, disse a aposentada Edna Pires, de 65 anos.
Processo de montagem – Para a instalação de uma praça é preciso realizar estudo técnico através dos pareceres das secretarias municipais de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). Em seguida, a Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), órgão vinculado à Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), promove vistoria e dá início a execução da montagem. A construção de uma praça, incluindo a escolha dos mobiliários e atrativos, é feito em parceria com a comunidade.
Todo o mobiliário das áreas de convivência e lazer instalado na capital baiana é fabricado na própria Desal. Com expertise de décadas, o órgão conta com pessoal especializado e uma enorme estrutura localizada em Porto Seco Pirajá, na BR-324. A técnica usada possibilita que sejam criadas peças pré-moldadas em argamassa armada, com resistência similar à do concreto, porém mais finas, com formas mais harmoniosas.
Entre os equipamentos fabricados estão os bancos antivandalismo, bancos com encostos e em formato de poltronas, mesas, brinquedos para os parques infantis, casa de Tarzan, minibasquete, esculturas, alambrado, cachorródromo e as peças para as academias de ginásticas existentes nas praças.
Qualidade de vida – O presidente da Desal, Virgílio Daltro, ressalta que a requalificação e entrega de novos espaços públicos à população de Salvador visa estimular a melhoria de vida da comunidade beneficiada. “São espaços fundamentais de interação social das comunidades. Elaboramos os projetos, confeccionamos as peças e montamos as praças de Salvador com muita dedicação. Hoje, temos mais de 530 espaços espalhados por toda cidade, e com certeza fazem a diferença na vida dos moradores de cada região beneficiada”, frisa.
Fotos: Betto Jr. e Valter Pontes/Secom PMS