Os preços no atacado impulsionaram a terceira deflação seguida na segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), mas, mesmo assim, registraram aceleração, puxada pelos alimentos in natura. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), no atacado, o subgrupo “alimentos in natura” passou de -1,20% na segunda prévia de maio para 2,72% na segunda prévia de junho.
Nesta segunda-feira, 19, a FGV informou que o IGP-M teve queda de 0,61% na segunda prévia de junho, ante redução de 0,89% na segunda prévia de maio.
Apesar da aceleração no atacado, os preços dos alimentos aprofundaram a deflação para o consumidor. O grupo Alimentação passou de -0,17% na segunda prévia de maio para -0,46% na segunda prévia de junho, contribuindo para o IPC-M, componente que mede os preços ao consumidor, ficar perto da estabilidade, com alta de 0,01%.
No total, seis das oito classes de despesa do IPC-M registraram decréscimo em suas taxas de variação. Após o fim do efeito de comparação com o desconto nas contas de luz, dado em abril por causa de cobranças indevidas referentes à usina nuclear Angra 3, o item “tarifa de eletricidade residencial” registrou alta de 0,08% na segunda prévia de junho, ante 2,77% em igual leitura de maio. Com isso, o grupo Habitação desacelerou de 0,57% na segunda prévia de maio para 0,19% na segunda prévia de junho.
No IPC-M, também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (1,05% para 0,48%), Comunicação (0,79% para -0,03%), Transportes (-0,15% para -0,17%) e Vestuário (0,66% para 0,64%). Na contramão, os preços ao consumidor aceleraram nos grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,57% para 0,12%) e Despesas Diversas (0,31% para 0,39%).
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