A Prefeitura de Nazaré, no Recôncavo Baiano, investiga o derramamento de uma grande quantidade de azeite de dendê no Rio Jaguaripe, que corta a cidade. O caso foi descoberto na última quarta-feira (3) e ainda não há informações sobre os responsáveis.
O secretário de Planejamento e Meio Ambiente do município, Cidney Sacramento, disse ao G1 que a prefeitura abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do ocorrido.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que também teve conhecimento do caso, que visitou o local onde houve o derramamento e que pediu à Secretaria de Meio Ambiente do município e ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) a adoção de medidas de contenção e também que identifiquem o causador do dano ambiental.
“Logo que fomos informados, fomos ao local verificar a dimensão da poluição, do desastre. Entramos em contato com o Ministério Público e, junto com o órgão, estamos investigando pra poder responsabilizar quem cometeu esse crime”, afirmou o secretário, em contato com o G1 nesta sexta-feira (5).
Conforme Sacramento, a suspeita é de que o derramamento tenha sido feito por alguma fábrica clandestina que opera com azeite na cidade ou durante o transporte do material.
Segundo ele, não foram encontrados, até o momento, vestígios de que o problema tenha sido causado pela única empresa com licença para operar com o produto no município. O G1 não conseguiu contato com nenhum representante da empresa nesta sexta-feira (5).
“Nossa equipe técnica e ambiental foi lá na empresa [que possui licença para operação]. Averiguamos tudo e não encontramos nenhum vestígio que pudesse ter saído de lá. Com isso, temos duas suspeitas: ou isso ocorreu durante o transporte do material pela terceirizada ligada a essa empresa ou também pode ter sido alguma fábrica clandestina que opera na cidade. Até o momento, no entanto, não sabemos”, destacou Cidney Sacramento.
Ainda segundo o secretário, o resultado da análise feita pelos técnicos ambientais no rio, para saber os impactos do derramamento do produto, deve ser divulgado na segunda-feira (8). “Eles vão estar me passando esse relatório sobre o impacto disso na segunda, porque eu pedi com urgência. Nossas equipes estão todas empenhadas nisso”, afirmou.
O Ministério Público informou que a promotora Mirella Brito, que foi ao local onde ocorreu o derramamento, aguarda o resultado da investigação para mensurar o real dano ambiental e saber quais medidas judiciais serão tomadas.
G1