A prefeitura de Salvador sancionou a lei que muda o nome da Avenida Adhemar de Barros, no bairro de Ondina, para Avenida Milton Santos, em homenagem ao geógrafo baiano vencedor do Prêmio Vautrin Lud de Geografia, na França, considerado o Nobel de Geografia.
Milton Santos morreu em 2001, aos 75 anos. O anúncio foi feito nesta terça-feira (22) pelo prefeito Bruno Reis, nas redes sociais.
“Em uma justa homenagem da nossa cidade, a Av. Adhemar de Barros agora passará a se chamar Av. Milton Santos, que era baiano e um dos maiores geógrafos da nossa terra. Ele é um dos intelectuais mais renomados do Brasil e contribuiu muito pra a formação sociopolítica do nosso país”, escreveu.https://dbc1e5ac3e5c4a6df09e56b04685f96f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Segundo o prefeito, o nome de Milton Santos estará na inauguração da 2ª etapa da requalificação da via, com obras em andamento. O projeto é de autoria do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), e contou com ampla mobilização nas redes sociais por sua aprovação.
A avenida, que deixa de levar o nome do médico e político paulista Adhemar de Barros, para homenagear Milton Santos é também o endereço do maior campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
História
Nascido em 3 de maio de 1926, na cidade de Brotas de Macaúbas, Milton Santos era filhos de dois professores e ficou conhecido por suas pesquisas e publicações sobre as realidades geográficas locais e urbanização, o que ajudou na reflexão sobre os rumos da humanidade com um viés socioeconômico e ambiental.https://dbc1e5ac3e5c4a6df09e56b04685f96f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Além do Nobel de Geografia, em 1997, Milton ganhou o 39º Prêmio Jabuti do Brasil de melhor livro de ciências humanas com “A Natureza do Espaço”.
O último livro que Santos escreveu foi publicado um ano antes de sua morte, em “Por uma outra globalização – Do pensamento único à consciência universal”, o professor-doutor convida os leitores a visitarem a palavra solidariedade, que segundo ele era banida do dicionário nos tempos de globalização.
G1