O Palácio do Planalto negou que tenha pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para favorecer o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima
Por meio do porta-voz, Alexandre Parola, o presidente Michel Temer admitiu ter se encontrado duas vezes com o então titular da Cultura, na quinta-feira passada, véspera da demissão de Calero. Parola afirmou, ainda, que o objetivo era ajudar os ministros a entrarem em acordo.
Na quarta-feira (23), o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero prestou voluntariamente depoimento à Polícia Federal para explicar os motivos que teriam provocado o pedido de demissão.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Calero teria reiterado a pressão feita pelo ministro Geddel Vieira Lima. O ex-ministro teria acrescentado que, durante uma reunião, o presidente Michel Temer tentou enquadrá-lo para que ele encontrasse uma saída para a situação de Geddel.
O prédio onde o ministro da Secretaria de Governo comprou um apartamento teve a obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Agora, o depoimento de Marcelo Calero está com a Procuradoria-Geral da República. O órgão vai analisar o documento e decidir se arquiva ou se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Geddel Vieira Lima, que tem foro privilegiado por ser ministro de Estado.
ebc