O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse hoje (25) que, apesar das incertezas decorrentes da pandemia de covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do país deverá continuar a crescer no segundo semestre do ano. Segundo ele, com o avanço da vacinação contra a doença, o Brasil deverá seguir o mesmo caminho de países onde a imunização já é massiva.
“O que gente está vendo em alguns países onde a vacinação foi efetiva é que o número de óbitos caiu barbaramente, e as pessoas estão voltando a viver uma vida muito próxima da normalidade. Então, nós entendemos que isso é um processo que vai acontecer [aqui], uma vez que o Brasil está acelerando na vacinação de forma considerável agora”, disse, em evento virtual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Em relatório divulgado ontem, o BC aumentou a projeção para o crescimento da economia do país em 2021. A estimativa para a expansão do PIB passou de 3,6% para 4,6%. Segundo o órgão, apesar da intensidade da segunda onda da pandemia de covid-19, os indicadores recentes da atividade econômica interna continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado.
A despeito do aumento da projeção, o presidente do BC ressalvou que o processo de crescimento ainda não pode ser previsto com exatidão. “Existe muita incerteza em relação ao segundo semestre, nós entendemos que o avanço da vacinação e essa reabertura vai ser um processo contínuo, entendendo que, obviamente, existe um elemento de incerteza em relação a essa reabertura, em como esse processo vai se dar”, acrescentou Campos Neto.
Agência Brasil